O secretário de gabinete do governo de Israel, Yossi Fuchs, garantiu nesta quarta-feira (29) que seu país não planeja acabar com a guerra na Faixa de Gaza, e que os acordos para a libertação de reféns israelenses em poder de terroristas do Hamas não envolvem um cessar-fogo permanente.
“Vou lhe dar uma regra nestes dias tensos para saber distinguir entre notícias [verdadeiras] e notícias falsas. Qualquer notícia sobre um acordo de libertação de reféns que leve ao fim da guerra ou a um cessar-fogo prolongado = notícia falsa”, escreveu Fuchs no X.
Segundo o Canal 14 de Israel, ontem foi relatada uma proposta que em breve chegará à mesa do governo, segundo a qual o Hamas libertaria todos os sequestrados em troca de um cessar-fogo total.
Os membros da coalizão apressaram-se em rejeitar a proposta antes mesmo de sua chegada:
“Não há discussão nisso de forma alguma, nem mesmo como proposta’, esclareceu o ministro das Finanças, Zalman Shoval”, informa a emissora.
As afirmações dos políticos ocorrem em meio à possibilidade de expansão da trégua em Gaza por mais alguns dias, como forma de permitir a soltura do maior número de pessoas sequestradas pelos terroristas nos ataques em solo israelense no dia 7 de outubro.
A trégua entrou em vigor na madrugada da última sexta-feira (24), durou inicialmente quatro dias, prorrogados por mais dois, encerrando-se hoje.
Desde então, já foram soltos 86 indivíduos, dos quais 66 são cidadãos de Israel. Os demais são cidadãos estrangeiros ou israelenses com dupla nacionalidade, mas a libertação se deu por meio de conversas de seus governos com a organização terrorista.
Israel calcula que 161 pessoas continuam em poder do Hamas e da Jihad Islâmica em Gaza.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro como uma resposta israelense ao ataque-surpresa de terroristas em seu território. Aproximadamente 1.200 pessoas foram mortas, e cerca de 240, sequestradas.