Já estamos acostumados com animais extremamente estranhos que vivem nas profundezas do mar, regiões escuras e com muita pressão. Mas alguns deles se superam. O mais recente, que deixou até cientistas bastante surpresos, foi uma espécie de tamboril que nada a vida inteira de ponta-cabeça e usa um apêndice para atrair e “pescar” outros peixes e lulas, suas presas principais. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto O estudo que detalhou o comportamento desses animais únicos foi feito por biólogos liderados por Andrew L. Stewart, do Museu da Nova Zelândia, e publicado no periódico Journal of Fish Biology. De acordo com a pesquisa, a vara de pescar do tamboril-nariz-chicote pode chegar a “quatro vezes o comprimento” total do corpo dele. A ponta do apêndice guarda ainda bactérias luminescentes, que atraem presas na escuridão. Mas somente as fêmeas possuem essas características, uma vez que os machos são minúsculos, com um corpo comum. A pesquisa mostra ainda a dificuldade de estudar esses animais abissais. Por décadas, a anatomia desse peixe sugeriu aos cientistas que eles nadavam normalmente, com a cabeça virada para cima, mas missões de observação mostraram que a vida desses bichos é bem mais estranha. “Eles estão além da imaginação mais selvagem de qualquer pessoa”, afirmou a especialista em peixes Elizabeth Miller (que não participou do estudo), em entrevista ao New York Times. O NY Times lembra que a primeira pista da estranheza do tamboril-nariz-chicote veio em 1999, quando um submarino operado remotamente filmou um exemplar nadando de cabeça para baixo perto do Havaí, aparentemente em busca de uma presa. Apesar do flagrante, cientistas costumam esperar outros registros, uma vez que pode ser um comportamento anormal e bobo. Um vídeo recente, feito no Japão, confirmou a hipótese: um tamboril é visto nadando de cabeça para baixo com a boca aberta, com a ponta do apêndice brilhando. Em um dos momentos, o peixe se chocou com o submarino, acabou virado de cabeça para cima, mas logo depois assumiu sua posição anterior — outra evidência de que eles nadam assim por toda a vida. Nova espécie de peixe com cores inacreditáveis é identificada por cientistas