A nossa alimentação pode refletir em muito mais coisas do que imaginamos — inclusive, se as fezes vão boiar ou não. Você já se perguntou qual a razão disso? • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto O coloproctologista Pablo Velloso explica que isso tem a ver com a densidade das fezes em relação à água. Assim, se elas são menos densas, elas tendem a boiar e, quanto mais densas, costumam afundar. Entre os fatores determinantes para as fezes boiarem ou afundarem estão a sua composição. A coloproctologista Karla Maggi, da rede Dasa, afirma que fezes com maior presença de ar ou gases na sua composição, como o metano, um gás proveniente da decomposição de matéria orgânica, ou com maior quantidade de gordura, como observa Velloso, tendem a boiar. “A quantidade de gordura vai ser definida pelo quanto aquele paciente ingere em sua alimentação e, muitas vezes, gotículas gordurosas podem ser observadas no vaso. Já o ar pode ser proveniente de uma intolerância à lactose, fazendo com que o trato intestinal produza mais gases”, comenta o coloproctologista. Quanto às fibras, se trata de uma via de mão dupla. Isso porque, se ingeridas em grande quantidade, podem produzir mais gases. No entanto, elas também podem fazer com que as fezes se tornem mais compactas e, consequentemente, mais densas. Além das fibras, as fezes que vão para o fundo do vaso podem conter uma maior quantidade de material orgânico e resíduos alimentares. Os especialistas informam que não existem fezes consideradas “ideais”, uma vez que elas refletirão a dieta adotada por cada um. Porém, por sinalizarem estar ricas em fibras, o que é considerado saudável, o mais indicado seriam as fezes que afundam, mas que também flutuem um pouco. O fato de as fezes boiarem ou não não apresenta diferença na coloração. No entanto, esse aspecto pode ser diferenciado conforme relações com doenças e alimentação. As fezes normais devem ter a coloração marrom-escuro, por conta da bilirrubina, pigmento produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar. Fezes esverdeadas, por exemplo, podem estar relacionadas à grande ingestão de vegetais da cor verde, corantes, ou uma digestão mais rápida que o normal. Já as amarelas podem estar relacionadas ao excesso de gordura na alimentação, ou a má absorção. No caso de fezes brancas ou acinzentadas, é um indicativo de problemas no fígado e à produção da bile. As fezes vermelhas podem ser fruto da ingestão de alimentos na mesma coloração, como a beterraba, ou algum tipo de sangramento intestinal baixo, como hemorroidas, fissuras, ou na porção final do intestino. Fezes pretas indicam sangramento intestinal na parte mais inicial do órgão, ou podem estar relacionadas à reposição de ferro. Os médicos alegam que as fezes ideais têm como características ideais, além da coloração marrom e afundarem, de preferência, o aspecto deve lembrar o de uma salsicha, com a superfície lisa, e que não haja esforço para evacuar. Abaixo, veja a escala de Bristol, em que há a definição de cada tipo fecal, sendo o tipo 4 a classificação ideal, conforme os especialistas: • tipo 1: Fezes separadas em pedaços duros e difíceis de passar;• tipo 2: Fezes em formato de salsicha, mas com grumos;• tipo 3: Fezes em formato de salsicha, mas com fendas na superfície;• tipo 4: Fezes em formato de salsicha ou cobra, suave e fácil de passar;• tipo 5: Fezes em pedaços pequenos, com bordas irregulares, mas ainda fáceis de passar;• tipo 6: Fezes moles, com bordas irregulares e fragmentadas;• tipo 7: Totalmente líquidas, sem pedaços sólidos.