O texto, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), foi apresentado em 2019 e prevê medidas de controle de gastos e aumento de receitas, para que, ao fim da vigência do regime, após nove anos, o estado comece a pagar a dívida com a União, atualmente estimada em R$ 160 bilhões e com o pagamento suspenso (entenda abaixo). Agora, cabe ao presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), incluir o projeto na pauta do Plenário. Ainda não há previsão para que o texto seja votado. Internamente, a avaliação é que “ainda não há clima” para que seja pautado. O regimento prevê a votação do texto em primeiro turno no Plenário e, caso seja aprovado, será novamente apreciado pelas comissões. Depois disso, precisa novamente ser submetido à votação de todos os deputados estaduais. Servidores estiveram presentes na reunião desta terça-feira (5) protestando contra o projeto. — Foto: Guilherme Bergamini/ALMG Protestos da oposição O projeto teve relatoria do deputado estadual Zé Guilherme (PP) na CFFO e recebeu apoio dos demais parlamentares governistas, que têm pressa para aprovar o texto. O estado tem até o próximo dia 20 de dezembro para aderir ao projeto; caso isso não ocorra, o prazo dado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) chega ao fim e o pagamento da dívida pode ser retomado ainda nesta data. A oposição, por sua vez, tentou obstruir a votação, a fim de adiá-la. Nas discussões, esses parlamentares pediram a retirada do projeto de pauta para mais tempo de discussão junto à sociedade e que o governo solicite ao STF a extensão desse prazo que chega ao fim no dia 20. Argumentam, ainda, que a adesão somente posterga a maior parte do pagamento da dívida para os próximos governos. Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (foto ilustrativa) — Foto: Luiz Santana/ALMG Tramitação do Regime de Recuperação Fiscal O que prevê o plano de recuperação fiscal de MG O plano de recuperação fiscal do governo de Minas Gerais prevê medidas de controle de gastos e aumento de receitas, para que, ao fim da vigência do regime, após nove anos, o estado comece a pagar a dívida com a União. Prevê, ainda, aumento da receita tributária, redução de benefícios fiscais, venda da folha de pagamento do funcionalismo e teto de gastos. O RRF exige ao estado limitar o crescimento anual de despesas ao percentual de variação da inflação. Vídeos mais assistidos do g1 MG
Adesão de MG ao Regime de Recuperação Fiscal já pode ser votada no Plenário da Assembleia
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