Estudo descobre que pressão alta pode ser ‘contagiosa’ entre marido e mulher

Estudo descobre que pressão alta pode ser ‘contagiosa’ entre marido e mulher

Um novo estudo realizado com casais heterossexuais descobriu que, se um parceiro tem pressão alta, é muito comum que o outro também a tenha. Um terço dos adultos no mundo sofre de pressão alta. E a situação é ainda pior no Brasil. A pesquisa foi publicada nesta semana no Journal of the American Heart Association (Jornal da Associação Americana do Coração). “Muitas pessoas sabem que a pressão alta é comum em adultos de meia-idade, mas ficamos surpresos ao descobrir que, entre muitos casais mais velhos, tanto o marido quanto a esposa tinham pressão alta nos Estados Unidos, na Inglaterra, na China e na Índia”, disse Chihua Li, pós-doutorando na Universidade de Michigan e autor correspondente do estudo. “Por exemplo, nos Estados Unidos, ambos os cônjuges de mais de 35% dos casais com 50 anos ou mais tinham pressão alta”, complementou o pesquisador. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto O estudo analisou medidas de pressão arterial de 3.989 casais americanos, 1.086 casais ingleses, 6.514 casais chineses e 22.389 casais indianos. E tirou as seguintes conclusões: • ambos os parceiros possuíam pressão alta em aproximadamente 47% dos casais ingleses, 38% dos americanos, 21% dos chineses e 20% dos indianos; • em comparação com casais sem parceiros com pressão alta, mulheres casadas com homens com pressão alta tinham 9% a mais de risco de ter pressão alta nos EUA e na Inglaterra, 19% a mais na Índia e 26% a mais na China; • a situação inversa, de homens casados com mulheres com pressão alta, manteve associação semelhante, segundo o estudo. “Queríamos descobrir se muitos casais casados, que têm muitas vezes os mesmos interesses, ambientes, hábitos de estilo de vida e resultados de saúde, também podem compartilhar pressão alta”, disse o coautor Jithin Sam Varghese, professor-assistente da Emory University, em Atlanta. “A pressão alta é mais comum nos Estados Unidos e na Inglaterra do que na China e na Índia. No entanto, a associação entre a pressão arterial dos casais foi mais forte na China e na Índia. Uma razão pode ser cultural. Na China e na Índia, há uma forte crença em permanecer unido como uma família, então os casais podem influenciar mais a saúde um do outro”, disse Peiyi Lu, outro coautor do estudo e pós-doutorando em epidemiologia na Columbia University Mailman School of Public Health. Os pesquisadores usaram dados de estudos sobre envelhecimento de populações em países inteiros. Cada um adotou uma pesquisa domiciliar que recrutou primeiro um participante principal que atendesse aos critérios de elegibilidade de idade: 50 anos ou mais para os estudos nos EUA e na Inglaterra e 45 anos ou mais para os estudos na China e na Índia. Depois, os parceiros foram convidados a participar, independentemente da idade. A idade média dos maridos no estudo foi de 65,7 nos EUA; 74,2 na Inglaterra; 61,5 na China; e 57,2 na Índia. A idade média das esposas no estudo foi de 62,9 nos EUA; 72,5 na Inglaterra; 59,2 na China e 51,1 na Índia. Segundo estatísticas de 2023 da American Heart Association, em 2020, quase 120 mil mortes foram atribuídas principalmente à pressão alta. De 2017 a 2020, 122,4 milhões de adultos nos EUA tinham pressão alta. Dia Mundial do Coração: conheça os principais sintomas de um infarto

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