O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou na tarde desta sexta-feira (8) ter sancionado o projeto de lei da privatização da Sabesp. A proposta foi aprovada na última quarta-feira (6), em uma sessão na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Tarcísio destacou que está em contato com todos os municípios para discutir as questões contratuais. “A gente vem construindo aquilo que será a substituição dos contratos, então a gente está discutindo um plano de investimentos para cada um”, disse ele em evento realizado no centro da capital. Em parte dos contratos da Sabesp com os municípios atendidos pela companhia estão previstos o rompimento e a necessidade de renegociação em caso de transferência do controle acionário da empresa para o setor privado. Esse é o caso da cidade de São Paulo, que representa mais de 40% do faturamento da empresa. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto “A adesão dos municípios é voluntária, e a gente está procurando mostrar para eles a vantagem, os investimentos que serão feitos nos próximos anos e como vai ficar para o cidadão daquele município”, acrescentou. Ele afirmou ainda que a previsão é apresentar, em breve, um modelo regulatório para o mercado financeiro. Além disso, o governador se mostrou contra a ideia levantada por vereadores da capital paulista de a cidade criar uma empresa municipal própria para assumir os serviços de fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. “Não faria o menor sentido para São Paulo”, afirmou. Prefeito descarta empresa própria Questionado sobre o tema, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) também descartou a ideia de criar uma empresa municipal para assumir os serviços da Sabesp. “Não existe a menor possibilidade disso acontecer”, disse ele durante o mesmo evento. Nunes ainda afirmou que, até o momento, não foi procurado por vereadores para tratar do tema. “A Prefeitura de São Paulo não vai cuidar de saneamento, porque a gente não entende de saneamento. Nós temos um governo que faz desestatização, que quer agilidade nos processos”, disse. “Não é trazendo para a Prefeitura de São Paulo companhia de água e de esgoto que vai resolver nada.” Copyright © Estadão. Todos os direitos reservados.