Javier Milei assumiu a Presidência da Argentina neste domingo (10) e fez seu primeiro discurso na escadaria do Congresso argentino. Sua fala apontou as estratégias do novo governo para tirar o país da crise, mas ressaltou que a situação não vai melhorar de imediato.
“Não há dinheiro, não há alternativa ao ajuste, não há alternativa ao choque”, disse Milei diante de uma multidão de azul e branco. “No curto prazo a situação vai piorar, mas depois veremos os frutos dos nossos esforços”, acrescentou.
Novo presidente da Argentina fez críticas aos governos anteriores e afirmou que o país “tem que deixar a corrupção para trás”.
A Argentina é a terceira economia da América Latina e registra uma inflação superior a 140% ao ano e tem uma taxa de pobreza de mais de 40%.
Para enfrentar essa crise, Milei propõe ajuste fiscal equivalente a 5% do Produto Interno Bruto e corte nos gastos públicos, que começa com a redução do número de ministérios de 18 para apenas nove.
A dolarização da economia, um dos temas centrais da sua campanha para a Casa Rosada, não deve ser uma pauta neste início de governo.
Milei garantiu que a estagflação, condição que combina crescimento econômico estagnado e altas taxas de desemprego e inflação, “será o último golpe” antes da “reconstrução da Argentina”.
Ele ressaltou ainda que “nenhum governo recebeu uma herança pior” do que aquela que sua gestão encontrará agora, mas garantiu que “há uma luz no fim do túnel” ainda que a situação econômica do país seja preocupante.