Motos aquáticas em alta velocidade ameaçam equilíbrio em santuário de botos pescadores em SC

Motos aquáticas em alta velocidade ameaçam equilíbrio em santuário de botos pescadores em SC

A Fundação de Meio Ambiente de Laguna, no Sul de Santa Catarina, publicou uma nota pedindo fiscalização e controle sobre o uso de motos aquáticas na área preservação de ambiental considerada o santuário dos botos na cidade. Imagens divulgadas nas redes sociais e feitas nos últimos dias mostram banhistas com os veículos em alta velocidade no local. Capital Nacional dos Botos Pescadores, a cidade é reconhecida por meio da Lei 13.818/2016 pela pesca cooperativa da tainha com o golfinho. Conforme o Senado Federal, apenas duas outras localidades adotam a iniciativa no mundo: Mauritânia, na África, e Mianmar, na Ásia. Flama alerta para tráfego de motos aquáticas em santuário de botos em Laguna — Foto: Reprodução De acordo com o Fundação Lagunense de Meio Ambiente (Flama), os vídeos mostraram que há desrespeito às normas federais vigentes, especificamente a Lei nº 9.537/97 e o Decreto nº 4.596/98, que estabelecem que a velocidade de navegação em áreas como o Canal da Barra, onde ocorre a pesca com auxílio dos botos, deve ser limitada a no máximo cinco nós (aproximadamente 9,26 km/h). A velocidade reduzida busca proteger tanto a fauna local quanto as pessoas que utilizam o espaço aquático. “A atividade intensa e imprudente de motos aquáticas em velocidades elevadas ameaça diretamente o habitat natural dos botos, causando perturbações que podem ter efeitos prejudiciais duradouros no equilíbrio ecológico da região”, informou, em nota, a fundação. Flama alerta para tráfego de motos aquáticas em santuário de botos em Laguna — Foto: Reprodução A pesca com auxílio dos botos recebeu certificado de patrimônio cultural imaterial de Santa Catarina. Os animais, que cercam os peixes perto do canal e emitem um sinal para os pescadores, são patrimônio do município. Por isso, a interferência no comportamento dos animais, segundo a fundação, prejudica a economia local e a sustentabilidade da comunidade pesqueira. Além disso, o uso irregular do espaço coloca em risco a “vida e a segurança dos banhistas e outros usuários do espaço aquático”. Na nota, a fundação ambiental afirmou, além de chamar a atenção dos moradores, acionou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o Ministério Público Federal e a Marinha do Brasil. O g1 tentou contato com a delegacia do município para saber se alguma infração estava sendo investigada na cidade. Não houve retorno. VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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