Neste domingo (31), as autoridades iranianas libertaram o último cidadão espanhol preso no país. O turista Santiago Sánchez Cogedor havia sido detido em outubro de 2022, após entrar na República Islâmica.
“A Embaixada da R. I. do Irã tem o prazer de comunicar a libertação de Santiago Sánchez Cogedor, o único cidadão espanhol preso no Irã”, escreveu na rede X (antigo Twitter) a missão diplomática iraniana na Espanha.
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“Sua libertação acontece no contexto de relações amistosas e históricas entre os dois países e em cumprimento das leis”, acrescentou a embaixada, sem dar mais detalhes.
Santiago Sánchez Cogedor, fanático por futebol, iniciou em janeiro de 2022 uma jornada a pé de Alcalá de Henares, nos arredores de Madri, com destino ao Catar, para assistir à Copa do Mundo, que teria sua partida de abertura em 20 de novembro.
Contudo, a família deixou de receber notícias suas semanas antes do início do evento esportivo.
Em uma publicação de 1º de outubro no Instagram, onde documentava sua viagem, Santiago disse que estava em um vilarejo do norte do Iraque, prestes a entrar no Irã.
Em seguida, disse a seus pais, em uma mensagem de áudio difundida por uma emissora de televisão, que iria primeiro a Teerã e, na sequência, ao porto de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, para pegar um barco até o Catar.
Dias depois, o Ministério das Relações Exteriores da Espanha informou à família do turista que ele tinha sido preso, conforme declarou à AFP sua mãe, Celia Cogedor, no final de outubro de 2022.
O Irã enfrentou uma onda de protestos após a morte, em 16 de setembro de 2022, de Mahsa Amini, uma curda-iraniana de 22 anos, três dias depois de ela ter sido detida pela polícia da moralidade por supostamente violar o rígido código de vestimenta imposto às mulheres.
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A República Islâmica acusa principalmente os Estados Unidos, seu arqui-inimigo, de estarem por trás da onda de protestos.
Nesse contexto, as autoridades iranianas anunciaram no fim de setembro de 2022 que haviam detido nove estrangeiros, principalmente da Polônia, Itália e França, por relação com os protestos.
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