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Médica infectologista orienta sobre sintomas e diagnóstico da malária

por admin
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No verão, muitas pessoas recorrem às cachoeiras da serra do mar, mesmo sendo proibido entrar no local. Clarissa Madruga, infectologista e professora de Medicina do Centro Universitário Unipê, orienta sobre os principais sintomas e o diagnóstico da doença. Nove países devem se livrar da malária em 2020 — Foto: Getty Images O que é malária? Madruga explica que a malária é uma arbovirose, ou seja, doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. Por isso, ainda segundo a infectologista, o desmatamento e entrada em regiões de mata que não devem ser acessadas é uma das causas do surgimento de casos de malária. “A malária é transmitida pela picada de um inseto que costuma habitar em áreas de mata ou em áreas de mata próximo a residências que foram recém construídas em mata recém desmatada. Então, nessas áreas de mata fechada, onde têm essas cachoeiras, é muito comum haver o mosquito transmissor da malária. E com essa crescente do desmatamento, você tem a vazão dessas áreas e, cada vez mais, esses mosquitos têm contato com o humano, permitindo a transmissão da doença. É uma doença potencialmente grave se não for diagnosticada em tempo oportuno e tratada adequadamente”. Primeiros sintomas A infectologista explica que, devido à similaridade de sintomas, alguns pacientes podem confundir a málaria com outras doenças como dengue e chikungunya. “Os primeiros sintomas da malária são, principalmente, febre, dor no corpo e dor de cabeça. Como a gente vive numa região que tem várias outras doenças com sintomas parecidos, isso atrapalha um pouco o diagnóstico, porque vai fazer confusão com outras arboviroses, como a própria dengue, chikungunya, zika. Então, é importante, pra que seja feito o diagnóstico correto, a pessoa referir passeios às cachoeiras, caminhadas na mata ou em região em que esteja circulando a malária, que é o caso desses dois pacientes que foram recém diagnosticados”. “É provável que surjam outros pacientes com a mesma patologia. Então, além da febre intensa e da cefaleia também, da dor de cabeça, que é muito importante, a febre tem uma característica particular, que ela é acompanhada de tremores no corpo muito intenso, mais intensos que um calafrio normal. Então, a pessoa sente muita tremedeira no corpo durante a febre com sudorese profunda, a pessoa sua bruscamente, e essa febre vai durar em torno de seis horas. E dificilmente ela vai ceder só com antitérmico. Normalmente, ela dura seis horas e cede espontaneamente com o auxílio de térmico. Aí passa alguns dias sem febre e, daqui a pouco, a febre volta novamente. Acompanhando isso, vai ter palidez, porque vai ter anemia também, e os olhos vão começar a ficar amarelados, por conta da icterícia”. Diagnóstico e tratamento Madruga explica que o início de febre intense após trilhas ou caminhadas em regiões de mata indica que é importante dirigir-se ao serviço médico e já referir o vínculo epidemiológico. “Se você participou de alguma caminhada, alguma trilha dentro de mata fechada, e você começou a sentir febre intensa, é importante se dirigir ao serviço médico e já referir esse vínculo epidemiológico, referir já essa exposição. Que diante dessa exposição o médico vai poder fazer a suspeita da malária e, assim, providenciar o exame diagnóstico, que é um exame que é feito de forma rápida, que é o exame da gota espessa, exame que coleta sangue da ponta do dedo, então é feito sem muita dificuldades”, disse. “Ou em alguns locais pode ser feito o teste rápido para malária, que também o sangue coletado da ponta do dedo e que sai o resultado bastante rápido. Então, o mais importante é ter a suspeita diagnóstica. Se você tem essa febre com tremores e dor no corpo e uma história de ter andado por cachoeiras, por trilhas, adentrado em mata fechada, então a suspeição diagnóstica vai ser mais direcionada e o médico vai poder solicitar o exame adequadamente. Se for confirmado, é iniciar o tratamento”. Assista a mais notícias sobre o Alto Tietê

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