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Milei envia ‘decretaço’ ao Congresso da Argentina

por Revista Oeste - Internacional
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Segundo a imprensa local, o presidente pode usar trâmites do Legislativo para tentar fazer com que o texto não seja votado pelos parlamentares; nesses casos, a medida vigora

Redação Oeste

Javier Milei
O governo do presidente Javier Milei, da Argentina, enviou para o Congresso o texto de um Decreto de Necessidade de Urgência | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O governo do presidente Javier Milei, da Argentina, enviou para o Congresso o texto de um Decreto de Necessidade de Urgência (DNU). As medidas já haviam sido anunciadas no dia 20 de dezembro. Por ser longo, o texto é conhecido como “decretaço”.

As regras, que alteram 350 normas em diferentes áreas, passaram a valer em 21 de dezembro.

Estratégia de Milei?

Segundo a mídia argentina, Milei pode usar os trâmites do Congresso para tentar fazer com que o texto não chegue a ser votado pelos deputados e senadores.

Quando isso acontece, o DNU vigora mesmo sem a aprovação do Legislativo.

De acordo com o jornal La Nación, essa estratégia foi usada pelo presidente anterior, Alberto Fernández, durante seu mandato.

Porém, veículos de imprensa argentinos afirmam que aliados do presidente também consideram a possibilidade de tentar aprovar o “decretaço” por haver várias ações na Justiça questionando a constitucionalidade do texto.

Javier Milei
O ‘decretaço’ altera 350 normas em diferentes áreas e passou a valer em 21 de dezembro | Foto: Reprodução/X/Twitter

Medida cautelar

A Justiça do Trabalho da Argentina determinou, na quinta-feira, 4, uma segunda medida cautelar que invalida o capítulo trabalhista do decreto de Milei, que entre outras 300 modificações, introduz uma reforma criticada por sindicatos e partidos de esquerda.

A decisão da Câmara de Apelações do Trabalho é referente a uma ação apresentado pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a principal central operária do país, contra o DNU, que entrou em vigor na última semana.

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A Milei afirmou de que está ciente de que parte da população é contra muitas das decisões tomadas pelo governo, mas que “não fazer nada ou fazer o mesmo que vínhamos fazendo seria infinitamente pior”.

“Não quero uma Argentina com 98% de pobres e a metade de indigentes”, disse. Ele disse que o governo trabalha “para evitar a crise” e está “conseguindo”.

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