Os dinamarqueses foram pegos de surpresa, no final de 2023, quando a rainha Margrethe II anunciou sua abdicação ao trono. A única mulher, hoje, a ocupar um reinado no mundo – e atual monarca mais antiga da Europa –, Margrethe deixará o posto em 14 de janeiro. A data será marcada pela coroação do príncipe Frederik, novo rei da Dinamarca.
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A mudança ocorre oito meses depois da troca de reinado no Reino Unido, que ficou sob o comando de Elizabeth II por 70 anos até ser ocupado por Charles III, em maio de 2023.
Frederik e Charles III representam uma nova geração de reis e rainhas europeus que têm um grande desafio pela frente: manter a força e a tradição da monarquia e modernizar a sua forma de governo de acordo com a atual realidade social do seu país.
Veja quais nações da Europa ainda mantém esse modelo de governo, e quem ocupará cada trono nas próximas gerações:
Dinamarca
No trono desde 1972, a rainha Margrethe II deixará a coroa no dia 14 de janeiro, data em que comemora seus 52º anos de atuação. O novo rei da Dinamarca, cujo título será Frederik X, tem 55 anos de idade, é casado com Mary Donaldson e pai de três filhos.
O herdeiro se formou na Universidade de Aarhus, em 1995, com mestrado em ciências políticas, sendo o primeiro membro da realeza dinamarquesa a concluir uma faculdade.
Durante seus estudos, passou um período em Harvard, nos Estados Unidos, onde se matriculou sob o pseudônimo de Frederik Henriksen.
Mais tarde, ele serviu na marinha dinamarquesa e participou de uma expedição de esqui de quatro meses pela Groenlândia, em 2000.
“Não quero me trancar em uma fortaleza”, disse o futuro rei. “Quero ser eu mesmo, um ser humano”, disse ele à imprensa, garantindo que continuaria com os mesmos hábitos quando assumisse o trono.
Reino Unido
Oito meses depois da morte de sua mãe, Elizabeth II, Charles III foi coroado rei em uma cerimônia histórica, em maio de 2023. O atual monarca mais poderoso do Velho Mundo é soberano em 14 países, além do Reino Unido.
O desafio de Charles é tentar se manter popular como sua mãe quando diversas nações que comanda já não simpatizam mais com a monarquia.
Um levantamento comandado por Lord Ashcroft, empresário e político britânico ligado ao partido conservador, apontou que, em seis nações, a população optaria pelo fim da monarquia.
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A pesquisa ouviu a opinião de 22 mil súditos da Austrália, Jamaica, Canadá, Antígua e Barbuda, Bahamas e Ilhas Salomão. Na Irlanda do Norte e Escócia, o número de apoiadores ficou em menos de 50% do total. Entre os moradores do Reino Unido, no entanto, a maioria apoia a manutenção da monarquia.
Esse legado impopular será entregue ao primogênito de Charles III, William, o primeiro na linha de sucessão da realeza.
Espanha
A ascensão do rei Felipe VI, em 2014, veio junto ao compromisso de restaurar a confiança do povo na monarquia espanhola. Isso porque o governo do seu pai, o rei Juan Carlos I, foi repleto de escândalos de corrupção.
Felipe VI é pai das princesas Leonor, de 18 anos, e Sofia, de 16 anos. A mais velha é a próxima na linha de sucessão e será a primeira rainha regente da Espanha, desde o século 19.
Holanda
Desde 2013, Willem-Alexander é rei da Holanda ou do Países Baixos, que incluem: Aruba, Curaçau, Holanda e São Martinho. Willem-Alexander tem de 56 anos; ele ocupou o lugar mãe, a rainha Beatrix, que decidiu abdicar ao trono depois de 33 anos no poder.
A primeira na linha de sucessão do trono holandês será Catalina-Amalia, ou princesa de Orange, hoje com 20 anos.
Bélgica
Philippe, de 63 anos, assumiu o trono belga em 2013, depois da abdicação de seu pai, o Rei Albert II.
A sucessora mais próxima ao trono é sua primogênita, a princesa Elisabeth, duquesa de Brabant. A jovem de 22 anos vem sendo preparada para a realeza desde a adolescência, assumindo responsabilidades na agenda real junto à família.
Mônaco
Em Mônaco, o príncipe soberano é Albert II, de 65 anos. Sua coroação ocorreu em 2005, depois da morte de seu pai, o príncipe Rainier III. Albert assumiu seu reinado em meio a polêmicas, como a concepção de dois filhos fora do casamento.
Como o reconhecimento de um filho como herdeiro só é válido, em Mônaco, se os pais estiverem casados, as duas crianças que Albert II teve com outras mulheres não poderão assumir o trono.
Em julho de 2011, o rei se casou com Charlene Wittstock, com quem teve filhos gémeos, Jacques e Gabriella Marie, hoje com dez anos. Jacques será o próximo a reinar.
Luxemburgo
Desde 2000, o grão-duque de Luxemburgo é Henri, de 68 anos, sucessor do grão-duque Jean, seu pai. Em 2010, Henri decidiu alterar o Pacto de Família da Casa de Nassau para garantir a primogenitura absoluta. Com essa medida, homens e mulheres poderão ocupar o seu lugar no trono.
Seus sucessores mais próximos são o grão-duque herdeiro Guillaume, príncipe de Luxemburgo, e sua família.
Noruega
Monarca reinante mais velho na Europa, Harald V é o atual rei da Noruega. Com 86 anos de idade, sua ascensão ocorreu em 1991, depois da morte do seu pai, o rei Olav V.
Harald foi o primeiro príncipe a nascer no país, em séculos, sendo o terceiro rei de uma Noruega independente. Antes de conquistar o reinado, ele ameaçou abdicar do trono se o pai não o deixassem casar Sonja, a mulher a quem amava.
Harald da Noruega anda com a saúde fragilizada e tem gerado preocupação da população. O príncipe Haakon é o próximo a assumir o trono norueguês, por ser herdeiro direto.
Suécia
O rei Carl XVI Gustaf é o monarca com o reinado mais longo na história da Suécia. Ele assumiu o trono em 1973 e se tornará o rei europeu há mais tempo no trono assim que o rei Frederik, da Dinamarca concluir sua cerimônia de coroação.
Na lista sucessória sueca estão: princesa Victoria, herdeira direta, e os filhos dela, a princesa Estelle e o príncipe Oscar.