O lançamento é um marco na exploração lunar dos Estados Unidos, com a Astrobotic na liderança da missão em busca de um pouso bem-sucedido na Lua. Os Estados Unidos estão prestes a realizar um feito histórico nesta segunda-feira (8), ao lançarem um foguete com o primeiro módulo lunar desde a última missão Apollo em 1972. O sucesso da missão, que conta com o foguete desenvolvido pela joint venture entre Lockheed Martin e Boeing, denominada United Launch Alliance (ULA), é de vital importância para a ULA, que busca reduzir a crescente influência da SpaceX na indústria de lançamento comercial. O módulo lunar, construído pela Astrobotic Technology, com sede em Pittsburgh, poderá ser a primeira espaçonave desenvolvida comercialmente a efetuar um pouso suave na Lua. Financiado pela NASA, este é um passo significativo em meio à nova corrida espacial internacional que ganhou destaque em 2023. EUA vai à Lua após mais de 50 anos sem visitá-la – Imagem: Shutterstock/Alones/Reprodução O desafio e a preparação A Astrobotic, liderada pelo CEO John Thornton, enfrenta um desafio considerável ao comparar as chances de sucesso ao lançar de uma moeda. Em uma entrevista à CNN, Thornton destacou a dedicação ao enfatizar: “Colocamos tudo o que podemos nesta missão”. O lançamento do módulo lunar Peregrine está programado para acontecer a bordo do foguete ULA Vulcan Centaur, da Estação da Força Espacial de Cape Canaveral, na Flórida. Se a decolagem ocorrer conforme programado, o Peregrine seguirá para a Lua, assim vai tentar um pouso suave em 23 de fevereiro. Voando rumo ao futuro A complexidade da jornada lunar envolve uma órbita de injeção translunar, isso coloca o módulo em um curso preciso em direção à Lua. Após a chegada à órbita do satélite, o Peregrine passará algum tempo antes de tentar o pouso para testar tecnologias cruciais em missões futuras. O evento marca a primeira tentativa de pouso lunar, seja robótico ou tripulado, pelos EUA em cinco décadas. Enquanto outras nações como Japão, Rússia e Índia perseguem seus objetivos lunares, a NASA, através de seu programa Commercial Lunar Payload Services, pretende estabelecer uma presença lunar sustentável. Ciência e exploração A missão Peregrine transportará cargas científicas, inclusive experimentos patrocinados pela NASA, visando estudar o ambiente lunar, a composição do solo e a atmosfera. A sonda vai operar por aproximadamente dez dias na superfície lunar e coletar dados valiosos antes de entrar na noite lunar. Apesar de desafios e ceticismo ao longo do caminho, a Astrobotic espera que o sucesso da missão abra caminho para uma economia lunar próspera, ao inspirar o setor comercial a explorar as oportunidades únicas oferecidas pelo satélite. Além das fronteiras terrestres Enquanto a NASA lidera o financiamento da missão, Peregrine leva a bordo experimentos científicos e cargas comerciais de várias nações, o que simboliza a colaboração internacional. No entanto, a inclusão de restos mortais humanos em nome de empresas de enterros espaciais gerou controvérsias e oposição, especialmente de grupos indígenas como a Navajo Nation, que consideram a Lua sagrada. O lançamento representa mais que uma conquista técnica — é o resultado de 16 anos de dedicação por parte da Astrobotic e sua equipe, assim destaca a evolução da exploração lunar no século 21.