Construção é utilizada como alvo por caças chineses
Redação Oeste –
A China construiu uma maquete gigante do maior navio de guerra dos Estados Unidos, em um deserto remoto no nordeste do país asiático. A construção serve de alvo para caças chineses durante treinamento militar.
A maquete foi revelada por meio de imagens de satélite, colhidas no dia 1º de janeiro, pela empresa norte-americana Planet Labs. As fotos foram divulgadas em 4 de janeiro pelo site The War Zone.
+ Leia mais notícias sobre Mundo em Oeste
Nas imagens, é possível ver a maquete no formato e nas dimensões do USS Gerald R. Ford, um superporta-aviões. Embora tenha entrado em operação em 2019, o navio ficou conhecido depois que foi deslocado pelo governo Joe Biden para o Oriente Médio, em apoio a Israel na guerra contra o Hamas.
O General Ford tinha o objetivo de dissuadir os aliados do grupo terrorista islâmico, como o Irã e o Hezbollah. O navio deixou a região no fim da semana passada, mas os EUA mantêm um porta-avião menor no Mar Vermelho.
Leia também: “China envia aviões de guerra a Taiwan semanas antes da eleição”
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, há um outra construção similar na China — esta construída em novembro, no campo de teste de mísseis de Taklamakan, na Província de Xinjiang. Ela possui o tamanho do General Ford, mas é apenas uma assinatura de radar, ou seja, não possui volume.
China já havia construído outras maquetes
Em 2021, a empresa de satélite Maxar flagrou maquetes na forma de porta-aviões menores e destróieres norte-americanos. Na época, um dos objetivos foi construído sobre trilhos para simular movimento.
A China possui rotas marítimas por onde entram e saem grande parte dos produtos negociados com outros países, principalmente no Oceano Pacífico. O treinamento militar busca garantir uma segurança marítima e também aumentar o poder do país sobre essas áreas, segundo a Folha.
Leia mais: “Xi Jinping ameaça Taiwan e fala em ‘reunificação’ com a China”
Os chineses já têm realizado a militarização do Mar do Sul da China. De acordo com o governo, cerca de 85% da região está sob o comando do país. Aliados regionais dos EUA têm rejeitado o poderio chinês na região, o que tem gerado embates entre embarcações.
Uma das estratégias é a capacidade futura de negar navegação para forças armadas de países inimigos. Assim, qualquer poder militar indesejado ficará longe da costa chinesa. O país tem desenvolvido mísseis antinavio, e as maquetes servem para treinamentos.
EUA observam crescimento militar dos chineses
Os Estados Unidos têm observado o crescimento da capacidade militar e dos sistemas de vigilância via satélite e drones da China. De acordo com o governo dos EUA, o país asiático consegue monitorar o deslocamento de forças norte-americanas a milhares de quilômetros de seus portos.
Os EUA possuem 14 submarinos estratégicos para o lançamento de mísseis nucleares e 11 grupos de porta-aviões. Já a China possui seis submarinos do tipo e dois porta-aviões, mas um terceiro está em teste com capacidades similares ao Gerald Ford.
Leia também: “China alerta que ‘admiradores militares’ podem ser presos”
A Revista Oeste utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você aceita as condições de nossa Política de privacidade