Projeto de lei quase havia sido aprovado em novembro de 2023
Redação Oeste –
A Coreia do Sul aprovou uma lei que proíbe o consumo de carne de cachorro, nesta terça-feira, 9. Segundo o Parlamento do país asiático, a regra deve começar a valer a partir de 2027. Infratores vão ser punidos com pena de dois anos de prisão ou multa equivalente a R$ 110 mil.
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A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o projeto de lei por unanimidade, com 208 votos a favor da medida. O texto deve ser endossado pelo Conselho de Estado e, consequentemente, assinado pelo presidente do país, o conservador Yoon Suk-yeol.
A medida vai proibir a criação para abate, distribuição ou venda de cães para consumo humano. Trabalhadores envolvidos nessa indústria vão receber subsídios do governo para conseguir novos empregos.
Hábito de comer carne de cachorro tem diminuído na Coreia do Sul
Nas últimas décadas, o hábito de comer carne de cachorro tem diminuído na Coreia do Sul, especialmente entre as pessoas mais idosas. Isso também resulta do crescente movimento de conscientização sobre a proteção de animais no país.
Em setembro de 2023, uma pesquisa divulgada grupo Humane Society International revelou que 86% dos sul-coreanos entrevistados não planejavam comer carne de cachorro futuramente.
Segundo a agência estatal sul-coreana Yonhap, o país abriga mais de mil fazendas para a criação de cães. O órgão de comunicação relata que 34 açougues, 219 distribuidores e 1,6 mil restaurantes vendem alimentos produzidos com essa carne.
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A associação sul-coreana que representa a indústria de carne canina afirmou que a proibição afetará 3,5 mil fazendas, que criam 1,5 milhão de cães, bem como 3 mil restaurantes.
Projeto quase foi aprovado no passado
O debate para a criação de uma lei para banir o consumo de carne de cachorro na Coreia do Sul ganhava força desde 2021, quando o então presidente Moon Jae-in sugeriu a proibição.
O apoio ao projeto cresceu durante o governo do atual presidente, que adotou seis cães e oito gatos. A primeira-dama, Kim Keon Hee, também é conhecida por ser crítica ao consumo dessa carne.
Mesmo com as iniciativas, tentativas de aprovar o projeto fracassaram no passado. Em novembro de 2023, um grupo de 200 criadores de cães fez um protesto perto do gabinete presidencial e pediu a revogação do projeto.
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