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Financial Times: divisão entre jovens mostra homens mais conservadores e mulheres alinhadas ao ‘progressismo’

por Revista Oeste - Internacional
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Artigo do jornal britânico analisou dados para tentar explicar o aumento da polarização política e comportamental na geração Z

Redação Oeste

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De acordo com recentes estudos, enquanto mulheres jovens são mais progressistas, homens jovens aderem mais ao conservadorismo | Foto: Reprodução/Freepik

Publicado pelo jornal britânico Financial Times, na sexta-feira 26, um artigo mostrou que os jovens estão cada vez mais divididos. Conforme o texto, que se baseia em pesquisas de opinião e livros que tratam do comportamento da geração Z, homens estão se tornando cada vez mais conservadores, enquanto as mulheres, “progressistas”.

Historicamente, pessoas dos dois sexos com idades próximas compartilhavam um alinhamento ideológico semelhante. Agora, porém, o quadro mudou. Alice Evans, pesquisadora da Universidade Stanford, afirmou que um dos fatores para o cenário é o aumento do feminismo no mundo e uma reação natural do público masculino a isso.

Foto: Reprodução/Financial Times

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Uma explicação simples sobre o crescimento do conservadorismo entre os homens jovens seria uma reação ao movimento feminista | Foto: Reprodução/Freepik

Jovens divididos

O artigo apresentou dados de alguns países, entre eles, os Estados Unidos. Nas eleições de 2020, constatou-se que a maioria das mulheres preferiu o Partido Democrata, enquanto os homens escolheram os republicanos. O mesmo efeito se viu no Reino Unido e na Coreia do Sul.

No país asiático, a diferença ideológica é tamanha que influenciou em uma redução significativa nos índices de casamento e natalidade no país.

+ Veja: O Mínimo sobre Conservadorismo; entrevista com Bruno Garschagen

A socióloga chinesa Rujun Yang encontrou uma diferença de mais de 25 pontos porcentuais na concordância entre meninos e meninas na China com afirmações sobre igualdade entre homens e mulheres.

A divergência entre homens e mulheres jovens sobre temas morais não se limitam ao feminismo. No Reino Unido, há redução nos últimos anos na concordância sobre a afirmação “A imigração mina a vida cultural na Grã-Bretanha”.

Já entre os alemães, enquanto mais de 90% das meninas de 18 a 29 anos discordam da frase “Estrangeiros vivendo na Alemanha deveriam se adaptar ao estilo de vida dos alemães”, apenas 25% dos meninos não concordam.

De acordo com o artigo, “a forma como o feminismo hegemônico se expressa, com condenações morais e cancelamentos, não ajuda na persuasão dos homens jovens e os empurra para o campo político adversário”.

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