A decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela na sexta-feira significa que Corina Machado, uma engenheira industrial de 56 anos, não pode registrar sua candidatura para as eleições presidenciais marcadas para o segundo semestre de 2024. María Corina Machado, opositora de Maduro declarada inelegível na Venezuela — Foto: Ariana Cubillos/AP Os Estados Unidos vão voltar a aplicar sanções contra a Venezuela caso a Justiça mantenha uma proibição que impede a candidata presidencial Maria Corina Machado de ocupar o cargo, disse um representante do governo americano. As informações são das agências de notícias Reuters e Bloomberg. Os EUA não vão prorrogar a licença para que a Venezuela exporte petróleo em abril caso o governo venezuelano proíba candidatos à presidência de concorrer neste ano. Os americanos também estão pensando em impor novas medidas. A decisão do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela na sexta-feira significa que Corina Machado, uma engenheira industrial de 56 anos, não pode registrar sua candidatura para as eleições presidenciais marcadas para o segundo semestre de 2024. Na sexta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, já havia dito que os EUA estavam revendo a política de sanções à Venezuela “com base neste desenvolvimento e nos recentes ataques políticos aos candidatos da oposição democrática e à sociedade civil”. Em outubro, os EUA aliviaram as sanções ao setor de petróleo, que produzem efeitos economicamente debilitantes ao país exportador da commodity, depois que o governo do presidente Nicolás Maduro assinou um acordo com a oposição sob o qual Caracas assumiu o compromisso de realizar eleições presidenciais livres e justas em 2024. Miller disse que a decisão do tribunal da Venezuela foi “profundamente preocupante” e contraria os compromissos assumidos por Maduro de permitir que todos os partidos selecionassem os seus candidatos para as eleições presidenciais.