A chegada do fenômeno La Niña está prevista para acontecer entre julho e setembro deste ano
Redação Oeste –
De acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno climático El Niño vai se despedir no segundo semestre de 2024. Em seu lugar, o La Niña deve passar a vigorar entre julho e setembro, conforme prevê o documento da entidade.
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O El Niño se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador. “A depender de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes, além de secas em determinados locais do mundo”, disse em 2023 Michelle L’Heureux, cientista do Climate Prediction Center, em alerta que anunciava a chegada do fenômeno.
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Já o La Niña é um evento climático oposto. O fenômeno é caracterizado pelo esfriamento das águas do Pacífico. Ele também causa queda nas temperaturas globais.
“O La Niña potencializa as ondas de frio nos períodos de outono-inverno e primavera e até mesmo no verão”, afirma a meteorologista Estael Sias, da MetSul. “Em contrapartida, é preciso lembrar que as áreas da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Sul do Brasil podem ter forte estiagem e ondas de calor intensas, como foi em 2021/2022.”
De acordo com a NOOA, o El Niño deve se estender até maio. Depois disso, seguirá um período de neutralidade climática até a chegada do La Niña. De acordo com Estael, não necessariamente os dois eventos se sucedem imediatamente.
O mundo bateu recordes de temperatura sob influência do El Niño
Sob influência do El Niño, o mundo bateu recordes de calor. O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, segundo relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus.
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A temperatura média no ano passado foi 1,48ºC mais quente do que na era pré-industrial, no século 19, segundo a agência.
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