A empresa japonesa Takeda, que produz a vacina contra a dengue Qdenga, afirma que vai priorizar o contrato feito com o Ministério da Saúde e limitar a venda do imunizante ao mercado privado apenas para atender a demanda de quem já tomou a primeira dose. A farmacêutica reforça que os compromissos firmados com os municípios anteriormente serão “plenamente honrados”. A Takeda diz que está “comprometida em apoiar as autoridades de saúde” e que o fornecimento da vacina para a iniciativa privada “será limitado para suprir e priorizar o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal”. O Ministério da Saúde adiquiriu 6,6 milhões de dose do imunizante que devem ser entregues ao longo deste ano. Outras 9 milhões estão previstas para 2025. A farmacêutica afirma, ainda, que especula soluções possíveis para o aumento de doses disponíveis e que está “fortemente comprometida” em buscar parcerias com laboratórios nacionais. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto Bio-Manguinhos afirma que teve “conversas iniciais” com o laboratório japonês sobre uma “possível transferência de tecnologia”, mas que nenhuma decisão foi formalizada até o momento. A vacina A Qdenga é uma vacina tetravalente contra a dengue, que protege contra quatro sorotipos do vírus. público-alvo será de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, e as primeiras aplicações vão ocorrer no mês que vemdevem ocorrer em fevereiro. A escolha do público-alvo, jovens de 10 a 14 anos, se deu porque se trata do grupo com maior quantidade de hospitalizações, atrás somente dos idosos. A vacina, porém, ainda não foi autorizada para este público, apenas para quem tem entre 4 e 60 anos de idade. O imunizante precisa de duas doses, com intervalo mínimo de três meses entre elas.