Lar Economia Haddad afirma que socorro às empresas aéreas não vai usar dinheiro do Tesouro Nacional

Haddad afirma que socorro às empresas aéreas não vai usar dinheiro do Tesouro Nacional

por admin
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (5) que o socorro para empresas aéreas não terá dinheiro do Tesouro Nacional. O titular destacou que o programa até pode abranger um fundo, mas que não envolva despesa primária. A expectativa do governo é de que haja uma solução para o tema ainda em fevereiro. “Nós estamos fazendo um levantamento da situação. Primeiro vamos esclarecer que o preço do querosene caiu durante nosso governo. O preço do querosene não pode ser justificativa para aumento do preço de passagem aérea. Ele caiu durante todo período do governo do presidente Lula. E nós vamos entender melhor o que está acontecendo, e não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos. O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”, afirmou Haddad.  Questionado se a proposta não vai ter um fundo, o ministro respondeu que sim, pode ser criado e eventualmente utilizado. “Mas não vai envolver despesa primária. Não estamos pensando nisso. Tem uma equipe montada para fazer isso ao longo do mês. Acredito que até fevereiro vamos ter diagnóstico e uma proposta”, acrescentou o chefe da Fazenda durante agenda no Rio de Janeiro. O tema segue em debate com o Ministério da Fazenda em meio à alta no preço das passagens. De acordo com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o pacote de crédito para socorrer as companhias do setor deve ser financiado, em maior parte, pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco não abre mão de garantias. O banco de fomento estuda há meses a oferta de uma linha de capital de giro para as aéreas, mas esbarra no problema das garantias. As empresas chegaram a mencionar slots (espaços em aeroportos) e aeronaves em leasing como opções, mas essa oferta não prosperou. Para além da oferta de crédito, Silvio Costa Filho também falou em um planejamento estratégico de curto e longo prazos “como ações que fortaleçam novos voos regionais e a compra de aeronaves brasileiras, a exemplo da Embraer, e outros ativos”. Voa, Brasil O ministro dos Portos e Aeroportos espera que o impasse com as aéreas tenha uma solução no curto prazo, uma vez que ele planeja lançar o programa Voa Brasil, com passagens a R$ 200 para aposentados e pensionistas, ainda em fevereiro. Para o projeto deslanchar, as empresas têm de aderir ao programa. Nesta primeira fase, o “Voa Brasil” vai contemplar aposentados federais que não tenham viajado nos últimos 12 meses e recebam até dois salários mínimos mais os alunos do ProUni (Programa Universidade para Todos). A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é que 5 milhões de CPFs que não viajam passem a voar a partir dos descontos oferecidos pela iniciativa. A ideia do programa é tornar as viagens de avião acessíveis a mais brasileiros e impulsionar o deslocamento dentro do país, principalmente para localidades menos atendidas por esse tipo de transporte. O governo espera que sejam comercializados 6 milhões de bilhetes em 2024. O programa tem como objetivo incentivar o turismo nacional e o desenvolvimento regional, promovendo inclusão social. Compras internacionais Haddad comentou a isenção de cobrança de imposto para compra internacional de até US$ 50. “[O tema] está no Supremo Tribunal Federal. Tem uma ação direta. Está sendo avaliada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e tem uma movimentação no Congresso Nacional em relação a isso”, lembrou. O ministro destacou que a solução será buscada pelo Executivo, Legislativo e Judiciário. “As remessas caíram muito. A questão do contrabando, que envolvia até remessa de droga para o Brasil, isso acabou. Estamos com disciplina bastante importante da Receita Federal. Então está afastado o mal maior, que é o crime tomar conta das remessas postais.”

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