Munição usada na morte da policial Vaneza Lobão foi desviada do arsenal da PM do RJ

Munição usada na morte da policial Vaneza Lobão foi desviada do arsenal da PM do RJ

A investigação da Delegacia de Homicídios e da 8ª Delegacia Policial Judiciária Militar, da Corregedoria da Polícia Militar, descobriu que os disparos de pistola que mataram a policial Vaneza Lobão, de 31 anos, em novembro de 2023, foram feitos com munição desviada da própria PM do Rio de Janeiro. Cartuchos de pistola, de calibre ponto 40, recolhidos no local do crime levaram à descoberta de que as munições integravam o lote ADA58, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), adquiridos pela Polícia Militar em 8 de setembro de 2009. Câmera de segurança registra o assassinato da PM que investigava atuação de milícias no RJ Toda essa munição foi destinada ao 31º BPM, a unidade responsável pelo policiamento na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. A investigação da Polícia Civil não tem dúvidas em apontar que esta munição foi desviada do 31º BPM entre os anos de 2009 até 2023. Policial Vaneza Lobão foi morta em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução Os suspeitos da polícia são policiais que passaram pelo batalhão ou que ainda estão lotados lá. O subtenente Wilson Sander é lotado no Serviço Reservado, a P-2, do 31º BPM. Já o subtenente Leonardo Vinicio Affonso passou pela unidade em 2011. Suspeitos pesquisaram 47 vezes a policial A vigilância dos PMs sobre a policial Vaneza Lobão começou em abril de 2022. Entre pouco mais de um ano, até 22 de junho de 2023, os subtenentes Affonso e Wilson Sander pesquisaram sobre Vaneza por 47 vezes. Sempre em sites disponibilizados pelo governo para os agentes de segurança. De acordo com as investigações, eles pareciam tentar descobrir o endereço residencial de Vaneza, apontada, em depoimentos, como sendo uma profissional muito discreta. Leonardo Vinicio Affonso, subtenente do 27ºBPM, foi preso pela morte da também policial Vaneza Lobão — Foto: Reprodução Segundo a investigação, o subtenente Affonso inicia as pesquisas investigando sobre o carro que Vaneza possuía na época. Só que o veículo está registrado no endereço da casa dos pais da policial. Por todo o ano de 2022, Affonso, segundo a polícia, pesquisa a policial Vaneza em banco de dados do governo em 35 ocasiões. Wilson Sander pesquisa outras 12 vezes a policial militar. Mas, em 30 de outubro de 2023, quando as pesquisas passaram a ser isoladas, Vaneza adquire um Jeep. Em 10 de novembro, ela transfere o veículo para o seu nome e logo depois para o seu endereço, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Catorze dias depois, a policial militar é assassinada. Cabo da PM é executada em Santa Cruz

Postagens relacionadas

Cannabis: o que dizem pacientes e pesquisadores sobre uso medicinal da planta

Madonna no Rio; FOTOS

Saia cedo para ver Madonna de perto: veja em MAPAS como chegar a Copacabana e sem perrengue