A tendência de funcionários gravarem e compartilharem vídeos de suas demissões no TikTok está ganhando força, e especialistas alertam para as consequências profissionais de longo prazo dessa prática. Recentemente, Brittany Pietsch, uma executiva de contas da empresa de TI Cloudflare, postou um vídeo de nove minutos mostrando sua reação exaltada durante uma chamada de vídeo de demissão.A hashtag #layoffs no TikTok já acumula mais de 366 milhões de visualizações, refletindo o interesse crescente nessa forma de compartilhamento. Esse fenômeno está se tornando mais comum em um cenário de demissões em massa, particularmente no setor de tecnologia, onde grandes empresas como Google e Amazon reduziram seus quadros de funcionários desde o início do ano.Para os profissionais da geração Z, acostumados a compartilhar suas vidas cotidianas nas redes sociais, a demissão ao vivo pode ser vista como uma extensão desse comportamento. Os vídeos não apenas oferecem entretenimento, mas também proporcionam uma sensação de solidariedade em um ambiente de trabalho onde as demissões agora ocorrem em chamadas de vídeo no home office.No entanto, especialistas advertem sobre as possíveis ramificações negativas dessa prática. Além de críticas por parte de analistas e comentaristas, que consideram a abordagem precipitada e ingênua, há preocupações sérias sobre o impacto nas futuras oportunidades de emprego.A recrutadora de tecnologia e criadora de conteúdo, Farah Sharghi, destaca que, embora os vídeos possam oferecer apoio e solidariedade, também têm o potencial de prejudicar as perspectivas profissionais futuras dos criadores. Empresas podem hesitar em contratar alguém que expõe publicamente o processo interno de demissão, e cláusulas restritivas nos acordos de rescisão ainda são uma consideração importante.