Arqueólogos desvendam tesouros pré-históricos nas turfas do Parque Nacional Exmoor, que oferecem insights valiosos para a restauração ecológica e a preservação do ambiente. No coração do Parque Nacional Exmoor, na Inglaterra, uma equipe de arqueólogos fez uma descoberta extraordinária: uma verdadeira “cápsula do tempo” pré-histórica, repleta de vestígios de árvores e insetos que proporciona uma visão única das criaturas que habitaram a região há milhares de anos. A surpreendente revelação ocorreu durante os esforços de restauração das turfas do Holnicote Estate, no âmbito do Projeto South West Peatland. O projeto ambicioso liderado pelo National Trust, junto das autoridades do parque nacional South West Water e Exmoor, busca transformar as turfas danificadas, preservando-as como ecossistemas úmidos essenciais. Restauração para o futuro: projeto South West Peatland O Projeto South West Peatland tem como meta revitalizar as turfas, material vegetal parcialmente decomposto, para recriar o ambiente diverso e úmido que existia no passado. Tal iniciativa não apenas preserva a biodiversidade, mas também visa aumentar a capacidade de absorção de carbono do solo, fortalecendo a resistência das turfas às mudanças climáticas. Pedaço de salgueiro encontrado – Imagem: Steve Haywood/National Trust/Reprodução Durante as escavações, os pesquisadores identificaram uma área onde um bosque pré-histórico estava enterrado, contendo vestígios de plantas como juncos, salgueiros e árvores do tipo amieiro. Um fragmento de salgueiro, datado do início do período Neolítico (3940 – 3650 a.C.), revela a antiguidade desse ecossistema. Os vestígios de besouros, ácaros de musgo e outros insetos fornecem uma visão vívida da fauna que prosperou há 5 mil anos. O ambiente de turfas, com baixos níveis de oxigênio, oferece uma preservação notável, permitindo que materiais orgânicos resistam ao tempo e revelem detalhes surpreendentes sobre o passado. Conexão entre passado e futuro: compreendendo para preservar Basil Stow, guarda florestal do National Trust, destaca a importância da descoberta: “O fato de termos encontrado espécies de árvores em condições tão boas é especialmente importante porque isso nos ajudará a descobrir como os habitats de turfas se formaram em primeiro lugar, milhares de anos atrás”. Para Stow, compreender o passado é essencial para moldar um futuro sustentável para o ambiente. O processo de replantio de salgueiros e amieiros já começou como parte das práticas de restauração. Essas técnicas incluem a desaceleração do escoamento e a criação de lençóis freáticos estáveis, garantindo que as turfas permaneçam úmidas. Tal abordagem ajuda na redução das emissões de carbono, além de proteger os ricos vestígios arqueológicos presentes nas turfas. A descoberta não é apenas uma janela para o passado, mas também uma inspiração para a construção de um futuro ambientalmente consciente e sustentável.
Descoberta em parque na Inglaterra revela vestígios de um passado pré-histórico
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