Piracicaba e Limeira recebem R$ 3,2 milhões em recursos do Estado para ações emergenciais de combate à dengue

Piracicaba e Limeira recebem R$ 3,2 milhões em recursos do Estado para ações emergenciais de combate à dengue

Piracicaba (SP) recebeu R$ 1.846.237 milhão e Limeira (SP) teve 1.398.523 milhão em recursos para serem investidos em iniciativas de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como a dengue, chikungunya e zika. Os valores deverão ser usados para ações preventivas e educacionais, como reforço de nebulizações, investimentos em testes rápidos, campanhas de conscientização, mutirões de limpeza, entre outras. Nenhuma das cidades registraram mortes por dengue neste ano. De acordo com último balanço divulgado pelas prefeituras municipais, Piracicaba soma 1.114 casos confirmados da doença. Limeira registra 145 ocorrências. A Prefeitura de Piracicaba afirmou que, a partir do envio a verba, a Diretoria Regional de Saúde de Piracicaba (DRS-X), vinculada ao Governo do Estado, deverá se reunir representantes dos municípios da região, nesta sexta-feira (16). A fêmea adulta do Aedes aegypti — Foto: Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) No encontro, serão debatidos temas como o cenário epidemiológico da dengue na região, os indicadores entomológicos (via Sucen), além da avaliação de ações locais e regiões estratégicas para o combate ao Aedes . O secretário de Saúde, Augusto Muzilli Júnior, reforçou que a verba vem em bom momento e que possibilitará a ampliação das ações e criação de novas estratégias de combate ao mosquito Aedes. “Ampliamos as ações junto à população, por meio dos Agentes Comunitários de Saúde que estão fazendo visita orientativa casa a casa em todas as regiões da cidade e ações de entrada forçada em imóveis abandonados ou em situação crítica para reprodução do mosquito Aedes. Com este novo recurso, vamos avaliar novas estratégias para combater a dengue”, afirmou. Mapa da dengue em Piracicaba Piracicaba (SP) vive em 2024 um aumento de casos de dengue desde os primeiros dias. A Secretaria de Saúde informou que o cenário atual é de risco para a doença e que a cidade tem circulação do vírus de tipo 1. Entenda abaixo as diferenças entre os sorotipos e veja um mapa da dengue na cidade. 👇 Existem atualmente quatro tipos de vírus da dengue no Brasil: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Eles apresentam materiais genéticos e linhagens diferentes. Segundo a Saúde, não necessariamente um tipo é mais grave do que outro e qualquer um deles pode causar infecções assintomáticas, leves, graves e até óbitos. “Apesar disso, os estudos mostram que os sorotipos 2 e 3 são considerados mais virulentos, pois se espalham com maior facilidade.” Após a infecção por um tipo de vírus da dengue, o organismo fica permanentemente imune a esse sorotipo. Mas a infecção por um sorotipo não protege contra os outros. Por esse motivo, cada pessoa pode se infectar até quatro vezes pelo vírus da dengue. “A segunda infecção por qualquer sorotipo do dengue é predominantemente mais grave que a primeira, independentemente dos sorotipos e de sua sequência”, destaca o Ministério da Saúde. Mosquito Aedes Aegypti — Foto: Sesa-PR Mapa da dengue 🗺️ De acordo com a Vigilância Epidemiológica, de 1º de janeiro a 9 de fevereiro foram registrados 869 casos de dengue em Piracicaba, número 32 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando foram 27 casos. A cidade não registrou mortes pela doença. O número chama atenção, principalmente se considerar que a maior parte dos registros, 56%, está concentrada na zona Leste da cidade. Do total, 485 confirmações são de moradores dessa região da cidade. A zona leste é composta pelos bairros Agronomia, Cecap, Conceição, Dois Córregos, Jardim Abaeté, Jardim São Francisco, Monte Alegre, Morumbi, Piracicamirim, Pompéia, Santa Cecília, Santa Rita, Taquaral, Unileste, Vila Independência, Vila Monteiro e proximidades. A zona Oeste é a que tem menor número de casos este ano, com 49 registros. Veja no mapa abaixo a situação de cada região e os bairros que compõem as zona. 👇 *A zona rural no mapa é representada no local onde fica o bairro Ártemis, mas também inclui outros bairros em outras áreas da cidade. Como a prefeitura informou apenas os casos por zona, eles estão representados neste bairro. Sem vacina 💉 O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses. O Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 6 milhões de doses — 5,2 milhões foram compradas da Takeda e 1,3 foram doadas pelo laboratório. Vistoria de agentes da dengue em Piracicaba — Foto: Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba Como evitar o Aedes🦟 Segundo a prefeitura, são feitas ações durante o ano todo para evitar a proliferação do mosquito da dengue, com visitas e mutirões em todos os bairros, além da coleta de materiais inservíveis. Caso a pessoa apresente sintomas da dengue – que são febre alta, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pela pele, além de diarreia e vômitos – deve procurar uma unidade de saúde para atendimento médico. Veja algumas das orientações para evitar a proliferação do Aedes: Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;Tampe os tonéis e caixas d’água;Mantenha as calhas limpas;Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;Mantenha lixeiras bem tampadas;Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região

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