O Brasil registrou 113 mortes por dengue em 2024 e ultrapassou os 653 mil casos prováveis da doença. Os números são do painel do Ministério da Saúde, atualizado nesta segunda-feira (19). Além disso, 438 óbitos estão em investigação. O Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás são as regiões com maior incidência de casos. No ano de 2023, o país registrou 1.094 mortes pela doença e mais de 1,6 milhão de casos prováveis. Nos 12 meses, o Espírito Santo foi a região com maior incidência da doença, seguido por Santa Catarina, Minas Gerais e Paraná. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Distrito Federal possui a pior taxa de incidência do país, com 2.814 casos por 100 mil habitantes. Ele é seguido por Minas Gerais (1.061), Acre (644), Paraná (611) e Goiás (569). Maranhão, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Paraíba são os estados com as menores taxas do Brasil. As pessoas com idade entre 30 e 39 anos foram as que mais contraíram a doença, com quase 100 mil casos prováveis em pacientes nessa faixa etária. A maioria das pessoas que contraíram a doença é do sexo feminino. Segundo dados da pasta, 75% dos focos do mosquito estão dentro de casa. Por ações coletivas e os cuidados individuais como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas evitando o acúmulo de água, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos, limpeza das caixas d’água são as melhores de forma de prevenção. A recomendação do Ministério da Saúde é para que as pessoas procurem um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações. Nessa lista, o DF, Goiás e Acre já iniciaram a vacinação com o novo imunizante contra a doença. O público alvo são crianças de 10 e 11 anos, já que as doses são insuficientes para proteger a faixa etária anunciada como prioritária, de 10 a 14 anos. Minas Gerais e Paraná aguardam o envio do imunizante pelo governo federal para iniciar a vacinação. Para se vacinar, as crianças devem ser levadas pelos pais ou responsáveis, com documento de identificação e a caderneta de vacinação da criança. Caso a criança esteja com suspeita de dengue ou tenha tido a doença, ela deve esperar pelo menos seis meses para se vacinar. O esquema vacinal é feito em duas doses, com a segunda aplicação depois de três meses da primeira. Na semana passada, o Rio de Janeiro iniciou um estudo para determinar a eficácia da vacina da dengue em adultos. 20 mil voluntários vão receber o imunizante e serão acompanhados por cientistas durante dois anos. A ação não faz parte do calendário de vacinação. A Prefeitura confirmou nesta semana o segundo caso de morte por complicações da dengue na capital.