Influenciadores de Juiz de Fora investigados por venda de rifas ilegais de carros de luxo são soltos após três meses de prisão

A decisão judicial foi publicada no domingo (18) e dada pela juíza Roberta Araújo de Carvalho Maciel, que aceitou o pedido de Habeas Corpus solicitado pela defesa. Apesar da soltura, o processo segue em andamento. De acordo com um dos advogados de defesa, Ricardo Moraes, algumas medidas cautelares deverão ser cumpridas, como não se ausentar da comarca, não se comunicar entre si e não podem se envolver com rifas. (veja a nota na íntegra abaixo) Operação prende influenciadores No final de novembro do ano passado, sete pessoas foram presas na operação “Provérbios 16:18”, incluindo o influenciador Wesley Alves, que soma mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, e João Victor Andrade Silva, com várias postagens sobre os sorteios, entregas dos prêmios e, principalmente, momentos de ostentação. Além deles, Ayrton Franklin Silva Rosa, Eduardo Campos Rodrigues, Edmar Reifer Caetano, Pablo Juan de Oliveira André e Rafael Dos Santos Caetano também foram presos. Juntos, eles teriam movimentado cerca de R$ 3,5 milhões. Carros de luxo e até moto aquática estão na lista de itens apreendidos com influenciador de Juiz de Fora — Foto: Marcus Pena/TV Integração O rapaz é suspeito de envolvimento com rifas ilegais, falsidade ideológica e crime contra as relações de consumo, e oferecia um suposto “robô” que realizaria operações econômicas no mercado de opções binárias, sem ter qualquer licença ou regulamentação legal. Carros de luxo foram aprendidos durante operação Aracnídeo em Juiz de Fora — Foto: Marcus Pena/TV Integração Nota da defesa na íntegra “Pelo presente, o advogado Ricardo Moraes informa que, foi revogada a prisão do influenciador Wesley Alves e outros seis envolvidos na mesma operação, tendo em vista a ausência de requisitos para manter a prisão preventiva e por não representarem riscos a sociedade. Continuaremos no caso a fim de assegurar o contraditório e ampla defesa e não descansaremos até que a lei seja cumprida de forma justa e devidamente aplicada. Salientamos que, por força da constituição, o réu deve ser tratado como presumidamente inocente até que se prove o contrário. A defesa informa ainda que, a partir deste momento, manterá sob total sigilo todas as vias e trâmites a serem executados a fim de evitar interferências externas e falsas informações, bem como especulação por parte de outros. Maiores informações serão dadas em alguns veículos de comunicação autorizados e escolhidos tanto pela defesa como em comum acordo com o investigado Wesley Alves e demais envolvidos, respeitando a vontade e privacidade do nosso cliente, principalmente por se tratar de uma pessoa pública e de grande poder de influência. Aos jornalistas, agradecemos a imparcialidade, honestidade e coerência na propagação das informações acima citadas. Os investigados já se encontram em seio familiar e iremos prosseguir dentro do viés da justiça de forma clara e prudente”. LEIA MAIS SOBRE A OPERAÇÃO: VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes