Maior macaco das Américas, muriqui foge de instituto de preservação em MG

Maior macaco das Américas, muriqui foge de instituto de preservação em MG

Pesquisadores, biólogos e moradores do Distrito de Conceição do Ibitipoca, em Lima Duarte, vivem uma jornada de busca pela primata Nena, de nove anos, que fugiu da sede do projeto ‘Muriqui House Comuna’ no final de janeiro. O vídeo acima mostra a macaca enquanto vivia no cativeiro. Nena é da espécie muriqui-do-norte, primata exclusivamente brasileiro, originário da Mata Atlântica, e considerado o maior das Américas. Os muriquis são uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas de extinção do planeta. De acordo com a bióloga do Instituto, Fernanda Tabacow, a primata estava em um cativeiro a céu aberto e conseguiu escapar. Nena é uma das mil macacas da espécie muriqui que existem no mundo e uma das sete que fazem parte do projeto de conservação do ‘Muriqui Instituto de Biodiversidade’. Primata Nena foge de instituto de conservação em Conceição do Ibitipoca — Foto: Muriqui Instituto de Biodiversidade/Divulgação A primata pesa cerca de 10 quilos e segundo a bióloga é um animal dócil e com muita capacidade reprodutiva já que é partir dos 9 anos que os animais podem começar a se reproduzir. “Os muriquis têm uma reprodução lenta, por isso é importante também, encontrá-la mais rápido. A primata também é importante para a conservação de toda a população de muriquis, que é uma espécie em extinção”, disse. Tabacow ainda alerta que há perigo do animal ser ferido por outros, como cobras e cachorros, por isso, a orientação é de que caso alguém a encontre, entre em contato imediatamente com a equipe do instituto pelo número (32) 9-9993-5040. Espécie é considerada a maior da América Latina — Foto: Muriqui Instituto de Biodiversidade/Divulgação Risco de extinção Em todo o país são conhecidas 12 populações de muriquis. Elas são dividas em dois tipos: muriquis-do-norte e muriquis-do-sul. Os do norte estão no noroeste do Rio de Janeiro, e vão até o sul da Bahia. Já os muriquis-do-sul são encontrados desde o sul do Rio de Janeiro até o norte do Paraná. A pesquisadora conta que o problema é que as fêmeas primatas, responsáveis pelo fluxo da espécie, não conseguem se deslocar pela natureza, já que os grupos estão isolados. O projeto Muriqui House tenta conectar esses indivíduos que ficam isolados, e assim, incentivar o crescimento da população. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

Postagens relacionadas

Cannabis: o que dizem pacientes e pesquisadores sobre uso medicinal da planta

Madonna no Rio; FOTOS

Saia cedo para ver Madonna de perto: veja em MAPAS como chegar a Copacabana e sem perrengue