Após vistoria, Cetesb solicita retirada de estrutura da Coden do Ribeirão Quilombo em Nova Odessa

Após vistoria, Cetesb solicita retirada de estrutura da Coden do Ribeirão Quilombo em Nova Odessa

A solicitação ocorreu após vistoria na Estação de Tratamento Quilombo em Nova Odessa. O procedimento de fiscalização foi feito depois que dois funcionários da Coden foram presos na última segunda-feira (19). A responsável técnica e o diretor técnico da Coden foram detidos em flagrante e são investigados por despejo de esgoto direto – in natura – no Ribeirão Quilombo, na cidade. Os dois funcionários pagaram fiança e foram liberados. A investigação começou em janeiro quando a polícia recebeu denúncia sobre a morte de milhares de peixes no Rio Piracicaba. Procurada, a Coden não retornou o contato para falar sobre a solicitação da Cetesb até a publicação desta reportagem. Investigação levou à prisão de funcionários da Coden A investigação sobre o despejo de esgoto no Ribeirão Quilombo, em Nova Odessa (SP), que resultou na prisão de duas pessoas, começou após uma mortandade de peixes registrada em janeiro, no Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP). Os presos são funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa (Coden). Entenda, abaixo, a investigação que levou às prisões. 👇 Entenda investigação de crime ambiental que levou à prisão de funcionários da Coden O caso passou a ser investigado em janeiro, após registro de mortandade no Rio Piracicaba. Na época, o manancial ficou com centenas de peixes boiando, imagem que chamou atenção dos moradores. A polícia recebeu denúncias sobre o despejo e começou a investigar. Um técnico que fez a análise da situação identificou que uma das possíveis causas era a poluição do Ribeirão Quilombo, em Nova Odessa. A polícia fez o caminho do curso do rio e verificou que o despejo vinha de um equipamento chamado de “ladrão”, que fica na divisa entre Nova Odessa e Americana, bem próximo a uma estação de tratamento de esgoto (ETE). O despejo acontece diretamente no ribeirão. A partir disso, a Polícia Técnica foi acionada e o inquérito do caso começou. Na segunda-feira (19), os agentes voltaram ao local e identificaram nova liberação, em grande escala. Despejo de esgoto no Ribeirão Quilombo, em Nova Odessa — Foto: Reprodução/EPTV A polícia procurou a Coden e os funcionários alegaram desconhecimento da situação, mas apresentaram versões contraditórias quando foram levados ao local. De acordo com o delegado do caso, foi descoberto um subdimensionamento, ou seja, a estação não está dando conta de tratar todo o esgoto da cidade, e por isso ocorre o vazamento. A Central de Polícia Judiciária de Americana segue apurando os detalhes do caso. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de Americana informou que investiga o caso. Dispositivo de segurança Em entrevista à EPTV, afiliada TV Globo, o presidente da Coden Ambiental, Elsio Bocaletto, afirmou que o equipamento em que foi flagrado o despejo é um dispositivo de segurança da estação, usado em casos pontuais, quando há um fluxo maior do que o habitual e a estrutura da ETE é danificada. “Com autorização da Cetesb a gente tem onde fazer esse despejo. É para isso que ele existe. Nós fizemos a análise daquela água que surgiu ali, que decorrente de enxurrada, e a análise mostra que estamos com os parâmetros como se fosse uma água de chuva normal”, argumentou. Polícia flagrou despejo de esgoto no Ribeirão Quilombo, em Nova Odessa — Foto: Reprodução/EPTV Ele também afirma que o ribeirão é um “esgoto a céu aberto” e que a população deve fazer denúncias direto à Companhia. A Coden também informou que vai fazer adequações no local e uma comporta para evitar que aconteça esse despejo no local. Prisão de funcionários A responsável técnica e o diretor técnico da Coden foram presos nesta segunda-feira. Eles são investigados por despejo de esgoto direto – in natura – no Ribeirão Quilombo, na cidade. Os dois funcionários pagaram fiança e foram liberados. Peixes encontrados mortos às margens do Rio Piracicaba — Foto: Edijan Del Santo/EPTV Mortandade Rio Piracicaba Na época, a equipe da EPTV, afiliada TV Globo, percorreu vários trechos do manancial, desde a região da Rua do Porto até a Avenida Cruzeiro do Sul, e encontrou peixes mortos por toda extensão do rio. Em entrevista à emissora, uma ambientalista apontou possíveis causas para a mortandade, entre elas a poluição direta, ou seja, despejo de esgoto. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região

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