O Brasil registrou 5.151 casos de gestantes infectadas pela dengue nas seis primeiras semanas epidemiológicas de 2024 – até 10 de fevereiro. Esse número representa um aumento de 345,2% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram 1.157 diagnósticos. A região Sul apresentou o maior aumento percentual, com 1.088,7%, seguido do Sudeste (392,2%) e Centro Oeste (346,3%). Os dados constam no Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, divulgado nesta sexta-feira (1º), pelo Ministério da Saúde. Segundo o documento, mulheres grávidas têm um risco maior de desenvolver a forma grave da doença do que as não gestantes. Do total de casos registrado neste ano, 4,4% evoluíram para um quadro considerado crítico. O manual chama a atenção para os cuidados necessários para evitar o aumento de dengue e os riscos em gestantes, já “que tanto o prognóstico materno quanto o prognóstico perinatal estão comprometidos nessa doença”. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia orienta que gestantes devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Anvisa. Em casos de menor gravidade, sem sinais de alarme, a orientação é repouso e aumento da ingestão de líquidos. • Dor abdominal intensa e contínua • Vômitos persistentes • Acúmulo de líquidos nas cavidades virtuais • Sangramento de mucosa • Sinais de acometimento do sistema nervoso central (letargia, irritabilidade, alterações comportamentais, convulsão) *Sob supervisão de Fausto Carneiro