Esforços colaborativos visam preservar uma espécie única e restaurar o ecossistema de Xochimilco, habitat natural dos curiosos ‘monstros aquáticos’. No México, uma aliança improvável está se formando para proteger uma das espécies mais extraordinárias do mundo animal: os axolotes. Cientistas e agricultores estão unindo forças para salvar esses pequenos seres, conhecidos por sua capacidade impressionante de regeneração e por sua importância para o ecossistema de Xochimilco. Preservando o ‘monstro aquático’ O axolote, muitas vezes apelidado de ‘monstro aquático‘, é único por sua notável habilidade de se regenerar. Seja um membro perdido ou um olho danificado, esse fascinante anfíbio é capaz de recuperar partes do corpo de forma surpreendente. Ele também é chamado de ‘Peter Pan do mundo animal’, já que nunca envelhece e permanece juvenil durante toda a sua vida. Porém, essa espécie icônica está enfrentando uma ameaça real de extinção devido à contaminação da água, ao deslocamento de espécies e à urbanização de seu habitat natural em Xochimilco. Em menos de duas décadas, a população de axolotes na região diminuiu drasticamente, colocando em risco não apenas a sobrevivência desses animais, mas todo o equilíbrio do ecossistema local. Axolote é o único no mundo pela capacidade de regeneração. – Adobe Stock/Reprodução Para enfrentar esse desafio, uma equipe de pesquisadores está trabalhando incansavelmente em um laboratório com uma colônia de 120 axolotes. Seu objetivo é transformar as ilhas de lama de Xochimilco, conhecidas como chinampas, em um ambiente seguro para os axolotes prosperarem. Isso inclui a criação de barreiras para impedir a passagem de espécies invasoras, como carpas e tilápias, que ameaçam a biodiversidade da região. Mais do que simplesmente garantir a sobrevivência dos axolotes, esses esforços colaborativos visam restaurar todo o ecossistema de Xochimilco. Ao proteger esses animais únicos, os cientistas e agricultores esperam enviar uma mensagem poderosa sobre a importância da preservação da biodiversidade e do meio ambiente. Como afirmou Luis Zambrano, pesquisador do Instituto de Biologia da UNAM: “Se valorizarmos o nosso ambiente, se valorizarmos a nossa biodiversidade, então é essa biodiversidade que nos permitirá sobreviver” Neste mundo onde a destruição ambiental ameaça a vida selvagem e os ecossistemas delicados, a colaboração entre cientistas e agricultores oferece uma luz de esperança para o futuro dos axolotes e de toda a vida em Xochimilco. Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.