Em entrevista à TV Integração, a moradora de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, disse que ficou apavorada no momento que se olhou no espelho, pois um lado do rosto estava torto, com aspecto de “derretido”. “Depois meu olho não fechava e minha boca estava torta. Na hora fiquei muito nervosa, comecei a chorar e corri para o hospital”, contou. Vale lembrar que a doença é caracterizada pelo súbito enfraquecimento ou paralisia dos músculos de um dos lados do rosto, causada por uma inflamação no nervo facial, provocada, na maioria das vezes, pelo vírus do herpes, que fica adormecido no corpo. ‘Não sabia de nada sobre a paralisia’ Adriana Torquato durante entrevista à TV Integração em Juiz de Fora — Foto: Humberto Campos/TV Integração Após o diagnóstico há mais de 1 ano e de entender um pouco melhor a doença, Adriana Torquato teve que fazer fisioterapia para recuperar os movimentos. “Senti uma melhora muito grande quando comecei”, disse. “A fisioterapeuta manipulava o meu rosto e fazia vários movimentos, mas eu precisava aplicar eles em casa também”. Segundo a advogada, os exercícios eram fazer caretas na frente do espelho e mascar chiclete para estimular a bochecha. “Me empenhei muito, por isso tive uma recuperação rápida”, complementou. O tempo médio para atingir a cura é de seis meses, mas em dois meses a juiz-forana já estava bem. Mais chances de recuperação do que um AVC Neurologista Leandro Cruz — Foto: Humberto Campos/TV Integração Conforme o neurologista Leandro Cruz, existem algumas causas possíveis para Paralisia de Bell, como, por exemplo, diabete compensado, doenças infecciosas, herpes zoster e tumores. “É muito importante excluir essas possibilidades para que o paciente fique tranquilo, além de saber que não é nenhuma das causas mais graves de paralisia facial”, explicou o médico. O especialista ainda explicou que a paralisia tem boa recuperação, mas que é uma doença de “causa indeterminada”. “A mesma é uma questão curiosa na medicina, porque é uma curiosidade anatômica”, acrescentou. “Apesar da Paralisia de Bell parecer mais grave por conta da aparência, é menos grave que um AVC e tem mais chances de recuperação”, finalizou Leandro Cruz. Paralisia tem mais chances de boa recuperação do que um AVC — Foto: Humberto Campos/TV Integração VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes