Janela partidária: vereadores e postulantes à Câmara de Juiz de Fora negociam vagas em partidos; confira algumas das mudanças

Janela partidária: vereadores e postulantes à Câmara de Juiz de Fora negociam vagas em partidos; confira algumas das mudanças

Com o objetivo de aumentar as chances de manter as vagas no Legislativo, os vereadores estão negociando mudanças dentro da janela partidária, período de 30 dias em que políticos com mandato podem alterar de legenda sem que sofram punições por infidelidade. O prazo vai até 5 de abril. Essa negociação está mais apertada nas eleições deste ano, já que, com a atualização da lei eleitoral, o número de candidatos que podem ser lançados por cada partido em Juiz de Fora foi reduzido de 29 para 24, tornando desafiadora a conquista de uma vaga dentro das legendas. Os partidos também deverão observar a cota mínima de mulheres como candidatas, que é de 30%. Diante do quantitativo de 24 candidatos por partido em Juiz de Fora, deverão ser, pelo menos, oito em cada legenda. Mudanças sinalizadas pelos parlamentares A janela partidária começou no dia 7 de março e vai até 5 de abril. No entanto, poucos dias depois da abertura da janela, parte dos mandatários já sinalizaram trocas de partido em Juiz de Fora. Dos 19 vereadores, 18 afirmaram que vão tentar manter as vagas na Câmara. Somente o parlamentar Maurício Delgado (União) é que ainda não definiu se participará da disputa deste ano e para qual função concorrerá. Maurício saiu do União Brasil e está se filiando à Rede. A mudança ocorreu com a ideia inicial de disputar a Prefeitura de Juiz de Fora. No entanto, o vereador não confirma a candidatura, sobretudo diante do impasse com o primo, o ex-deputado Júlio Delgado, que já afirmou a intenção de se candidatar a prefeito. Maurício afirma que não enfrentaria o primo na disputa pelo Executivo. Outros nove vereadores também estão dialogando com outros partidos, abertos a possíveis mudanças. Alguns já confirmaram as siglas de destino: Bejani Júnior afirmou que vai sair do Podemos e está conversando com pelo menos três partidos, entre eles o Solidariedade. Cido Reis está de saída do PSB e vai para o PCdoB, que faz parte da federação com PT e PV. João Wagner Antoniol está de saída do PSC e vai para o MDB. Marlon Siqueira avalia se vai permanecer no Progressistas, mas também conversa com lideranças de outros partidos. Uma das possiblidades cogitadas é ir para o MDB. O possível destino de Nilton Militão, do PSD, é o PRD – partido criado com a fusão dos antigos PTB e Patriota. Outra possiblidade que chegou a ser cogitada é ir para o PRTB. A vereadora Kátia Franco Protetora deve sair da Rede e conversa com o Solidariedade, mas ainda sem uma definição. Tiago Bonecão confirmou a saída do Cidadania e a migração para o PSD. Vagner de Oliveira vai mudar do PSB para o MDB. Zé Márcio Garotinho, atual presidente da Câmara, está migrando do PV para o PDT. Outros nove parlamentares sinalizaram que devem permanecer nos mesmos partidos, para tentar reeleição: André Luiz (Republicanos);Cida Oliveira (PT);Dr. Antônio Aguiar (União);Julinho Rossignoli (PP);Juraci Scheffer (PT);Laiz Perrut (PT);Pardal (União);Sargento Mello Casal (PL); Tallia Sobral (PSOL). Mais vagas na Câmara e menos espaço nos partidos Mais espaço no plenário e uma chance menor de entrar nos partidos para se candidatar. A lei eleitoral reduziu o número máximo de candidatos por legenda ou federação, e a regra vai valer pela primeira vez em uma eleição municipal. Em 2020, a quantidade máxima de candidatos por sigla era igual à soma de cadeiras da Câmara, mais 50% deste total. No caso de Juiz de Fora, eram 19 vagas mais metade disto: o resultado arredondado desta soma era de 29 candidatos por partido. Já este ano, serão 24: a nova regra se baseia no total de cadeiras – que foi atualizado para 23 – mais um candidato. No caso das federações, a redução no número de postulantes por sigla é ainda maior. Isso porque, na contabilidade de candidatos, uma federação equivale a um partido. As 24 vagas para a disputa devem ser divididas por todas as siglas que compõem o grupo da federação. É o caso da união de PT-PCdoB-PV, PSDB-Cidadania e PSOL-Rede. Por causa da mudança, o número de candidatos deve cair em Juiz de Fora. Em 2020, foram 581. Na disputa deste ano, a expectativa é de que sejam cerca de 300. A redução no número máximo de candidatos por sigla torna a entrada nos partidos mais apertada, tanto para quem já tem um mandato, quanto para quem ainda não tem e deseja entrar na disputa. Os partidos da cidade ainda deverão colocar na disputa pelo menos oito mulheres, o que representa 30% do total de postulantes lançados, como manda a lei eleitoral. Janela partidária movimenta vereadores e postulantes à Câmara de Juiz de Fora VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

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