‘Chemsex’: Profissão Repórter conhece os adeptos do sexo com uso de substâncias

‘Chemsex’: Profissão Repórter conhece os adeptos do sexo com uso de substâncias

Um médico, adepto, conta que chegou ao “chemsex” por curiosidade e explica ser uma prática sexual com uso de substâncias. “Gostei dessa coisa de conhecer o novo, do desafio e foi assim que eu entrei em contato com o chemsex, que é a prática sexual com o uso de substâncias […] eu acho que criar espaços onde isso seja discutido é importante. Ignorar que o uso existe gera um problema de saúde pública”, relata o médico Augustto Purezza. Augustto é médico em uma unidade de saúde particular de São Paulo. Ele menciona ainda que, sob efeito da droga, há o risco de descuido com a contaminação por ISTs. “Muitas vezes, o sexo é desprotegido e muitas vezes, quando você está envolvido com aquela, situação, você não vai pensar em redução de danos”, afirma Augustto. Segundo o médico, a substância que está mais em alta é a Metanfetamina, conhecida na noite como “tina”. A droga sintética é feita em laboratório clandestinos e pode provocar infarto e AVC. ‘Chemsex’: Profissão Repórter conhece os adeptos do sexo com uso de substâncias — Foto: Reprodução/TV Globo ‘Tem cliente que paga a mais para usar’ ‘Tem cliente que paga a mais para você não usar a camisinha’, diz garoto de programa Vinicius Farias, de 25 anos, que trabalha como garoto de programa, revelou que alguns clientes pagam a mais para usar certas substâncias. “Eu já usei há dois anos atrás, não uso mais, mas tem cliente que fala: ‘te pago a mais para você usar, tipo, tina [metanfetamina]'”, conta o jovem. ‘Tem cliente que paga a mais para usar’: os relatos de adeptos do “chemsex” Oliver Brandão também atua como garoto de programa e mostrou as marcas das aplicações das substâncias que usa a pedidos de clientes para o “chemsex” (veja na imagem abaixo). Ele é portador do vírus HIV. “Através do meu primeiro cliente foi que rolou. Me deu R$ 2 mil para usar a primeira vez porque era fetiche, era a fantasia dele […] Uso só para o sexo”, relata. ‘Tem cliente que paga a mais para usar’: os relatos de adeptos do “chemsex” — Foto: Reprodução/TV Globo Alerta para o risco de transmissão de infecções Voluntários circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs e explicar a importância da prevenção O Profissão Repórter mostrou também o trabalho de voluntários que, cientes dessa realidade, circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs, explicar a importância da prevenção e alertar para os riscos de misturas de drogas. O médico Fábio Mesquita, fundador da Associação Internacional de Redução de Danos, tem 35 anos de experiência e atua em parceria com a ONG Multiverso. Ele alerta que não são apenas as novas drogas que aumentam o risco de transmissão de infecções. Segundo ele, o uso da cocaína e de bebidas alcoólicas também é perigoso. “O álcool, por exemplo, ou várias outras substâncias que estão disponíveis, cocaína, as substâncias novas que aparecem, etc. Elas são substâncias que tiram a consciência da pessoa e, com isso, vulnerabilizam ela mais. Ela fica menos consciente para ter a precaução de usar camisinha. Qualquer tipo de substância que altere a consciência da pessoa, é considerado para gente sexo químico”, destaca o epidemiologista. Voluntários circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs e explicar a importância da prevenção — Foto: Reprodução/TV Globo Veja a íntegra do programa abaixo: Edição de 26/03/2024 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo:

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