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Como uma vida sexual sem cuidados pode facilitar a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis

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O Profissão Repórter desta terça-feira (26) revelou como a vida sexual sem cuidados pode facilitar a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis. Leia mais abaixo. Como uma vida sexual sem cuidados pode facilitar a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis — Foto: Reprodução/TV Globo Avanços e desafios Profissão Repórter volta ao Hospital Emílio Ribas 13 anos depois para entender o que mudou nas infecções sexualmente transmissíveis A equipe acompanhou o atendimento no Hospital Emílio Ribas. Em 2011, o Profissão Repórter também esteve no hospital para gravar um programa sobre HIV. O programa voltou à unidade de saúde 13 anos depois para entender o que mudou nas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O infectologista Bernardo Porto Maia, hoje chefe do atendimento no hospital, afirma que muitas coisas mudaram nesses mais de dez anos, incluindo as novas formas de tratamento. “Em 2011, a gente não tinha avançado tanto assim em prevenção, como a gente avançou hoje. A realidade que a gente enfrenta13 anos depois, ela é um pouco melhor, sem dúvidas, com muitos avanços diagnósticos e terapêuticos”, afirma Bernardo. Por outro lado, Bernardo destaca a incidência de ISTs na população mais jovem. No último boletim do Ministério da Saúde, jovens de 15 a 29 anos representaram quase metade dos casos de HIV notificados. Os dados são de 2022. “Hoje, apesar da gente ter globalmente, um menor número de casos de infecções por HIV, a gente vê um crescimento em uma faixa etária, já com a vida sexual ativa”, afirma Bernardo. “A gente consegue ver uma falha em saúde pública. A gente não conseguiu conscientizar esse jovem a acessar as estratégias de prevenção combinadas que a gente tem hoje disponíveis no SUS”, completa o infectologista. Como uma vida sexual sem cuidados pode facilitar a transmissão das infecções sexualmente transmissíveis — Foto: Reprodução/TV Globo O “chemsex” ou sexo químico ‘Chemsex’: Profissão Repórter conhece os adeptos do sexo com uso de substâncias Augustto Purezza é médico em uma unidade de saúde particular de São Paulo. Ele menciona que, sob efeito das drogas, há o risco de descuido com a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Muitas vezes, o sexo é desprotegido e muitas vezes quando você está envolvido com a situação, no meio de um ‘chemsex’, você não vai pensar em redução de danos”, afirma. Homem passa mal depois do sexo químico A equipe também conversou com um homem que pratica o “chemsex”. Ele estava acompanhado de um outro rapaz, que teria passado mal após o uso de uma substância para esse tipo de relação (veja no vídeo acima). “Eu vou ter que levar ele o hospital. Meu Deus do céu […] ele está gemendo aqui, sexo com drogas, ele passou mal”, relata. Ele admite que, durante o sexo químico, muita gente deixa de lado a proteção contra ISTs e se contamina: “A metanfetamina deixa as pessoas muito tempo acordadas. Eu já fiquei cinco dias acordado. Então, as pessoas acabam relaxando. Eu tenho amigos que contraíram HIV nessa relaxada de três, quatro dias.“ A importância da prevenção Voluntários circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs e explicar a importância da prevenção O Profissão Repórter mostrou também o trabalho de voluntários que, cientes dessa realidade, circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs, explicar a importância da prevenção e alertar para os riscos de misturas de drogas. Lucas Raniel, do coletivo Multiverso, lidera essa iniciativa e defende a testagem como método de prevenção de ISTs. “Vivenciei a metanfetamina durante 2 anos. Eu vivo com HIV há 10 anos e trabalho com a pauta de prevenção, saúde sexual e, após algumas vivências com o sexo químico, utilizando substâncias, vivendo isso tudo, levando para terapia, eu decidi falar um pouco sobre esse assunto”, relata Lucas. Voluntários circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs e explicar a importância da prevenção — Foto: Reprodução/TV Globo O médico Fábio Mesquita, fundador da Associação Internacional de Redução de Danos, tem 35 anos de experiência e atua em parceria com a ONG Multiverso. Ele alerta que não são apenas as novas drogas que aumentam o risco de transmissão de infecções. “Qualquer tipo de substância que altere a consciência da pessoa é considerado para gente sexo químico”, destaca o especialista. Voluntários circulam por São Paulo para fazer testes de ISTs e explicar a importância da prevenção — Foto: Reprodução/TV Globo ‘Tem cliente que paga a mais para você não usar a camisinha’ ‘Tem cliente que paga a mais para você não usar a camisinha’, diz garoto de programa Durante a ação de testagem de ISTs no Centro de São Paulo, a equipe conheceu Vinicius Farias, de 25 anos, que trabalha como garoto de programa, mas nunca havia realizado esse tipo de teste antes. “Nunca fiz. Eu tenho medo de fazer e dá tipo, sei lá, positivo. Não sei porque eu trabalho com sexo, então é meio complicado”, conta o jovem. Ele revela como se protege e relata que alguns clientes pagam mais para ter relações sexuais sem preservativo. “Olha, é com a camisinha, mas é porque tem casos que tem cliente que paga a mais para você não usar a camisinha. Aí você acaba não usando e fazendo, aí você não sabe o que pode acontecer”, relata. Veja a íntegra do programa abaixo: Edição de 26/03/2024 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter abaixo:

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