O número de casos de febre Oropouche no Brasil nos três primeiros meses de 2024 é quase quatro vezes maior do que o contabilizado em todo o ano passado. De acordo com o Ministério da Saúde, desde janeiro foram registrados 3.161 casos da doença, contra 832 ao longo de todo 2023. O Amazonas concentra a maior parte dos casos (2.462), seguido por Roraima (590), pelo Acre (68), Pará (23) e por Roraima (18). As faixas etárias mais atingidas são pessoas com idade entre 30 e 39 anos, entre 20 e 29 anos e entre 40 e 49 anos. A pasta investiga o que classificou como “rumor” na região Nordeste — pelo menos um caso ainda não confirmado da doença. “Estamos analisando e entrando em contato com o município”, disse a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, nesta quarta-feira (27). “Estamos atentos a mudanças que podem estar acontecendo”, completou. O que é a febre Oropouche A febre Oropouche é transmitida por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como “maruim”. Os sintomas são parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Em fevereiro, uma equipe do Ministério da Saúde foi enviada ao Acre para revisar casos contabilizados como dengue, mas que seriam de febre Oropouche. No início de janeiro, o estado chegou a declarar emergência em saúde pública em razão de uma explosão de casos de dengue.