Em meio ao período de entrega da declaração do Imposto de Renda 2024, que começou em 15 de março e vai até 31 de maio, é importante não esquecer de declarar os investimentos, mesmo aqueles isentos de tributação. O alerta é de Renan Diego, especialista em finanças pessoais e investimentos. Ele afirma que é preciso estar atento às particularidades de cada aplicação. “Há informações diversas sobre as aplicações financeiras que precisam ser informadas em fichas distintas do programa de declaração do Imposto de Renda”, explica. No IR 2024, quem recebeu acima de R$ 30.639,90 no ano passado é obrigado a declarar. A Receita Federal espera receber neste ano 43 milhões de declarações. Até este sábado (30), já foram entregues 8.695.768 documentos. De acordo com Diego, os investimentos livres de imposto atraem pessoas de diferentes perfis por conta dos ganhos, já que não perdem nada do valor investido. “A possibilidade de diversificar o portfólio e apostar em ativos com diferentes riscos sem se preocupar com tributos, faz com que pessoas com todo tipo de renda possam aderir a esses investimentos”, esclarece o profissional. Para os investidores que esperam ter retornos significativos, os títulos isentos de IR podem ser uma alternativa para manter a rentabilidade da carteira acima de 1% ao mês, com exceção da caderneta de poupança. • LCI (Letra de Crédito Imobiliária) Títulos emitidos por bancos para captar recursos do mercado e oferecer capital a empresas e pessoas lastreados em créditos do setor imobiliário. • LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) Também são títulos usados para captar recursos, mas para o setor do agronegócio. • Debêntures Incentivadas Títulos de dívida emitidos por empresas de capital aberto ou fechado para captar recursos para o seu caixa e financiar projetos de infraestrutura. • CRI (Certificado de Recebível imobiliário) Títulos de renda fixa emitidos por companhias securitizadoras, que exigem uma garantia de pagamento do emissor, como um imóvel. • CRA (Certificado de Recebível do Agronegócio) Títulos de negócios entre produtores rurais e cooperativas. São investimentos de risco moderado com vencimentos de médio e longo prazo, normalmente a partir de 3 anos. • Rendimentos de Fundos Imobiliários (FII) Investimento em que se aplica em empreendimentos imobiliários, como shoppings, hospitais e prédios comerciais ou ativos relacionados, como CRIs. Ao comprar cotas de FIIs o investidor se torna um tipo de proprietário do imóvel, recebendo rendimentos dos aluguéis. • Poupança O investimento mais popular, apesar da segurança, voltou a perder para a inflação em fevereiro. A rentabilidade ficou negativa em 0,29%, interrompendo a sequência de ganhos reais desde fevereiro do ano passado.