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Biólogo acompanha ninho de freirinha no litoral de SP

por admin
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Segundo ele, a construção estava localizada no quintal de uma residência, mas era possível enxergar da rua, pois a cerca era baixa e o ninho foi confeccionado em um limoeiro, praticamente a beira de um lago artificial. O primeiro encontro com os indivíduos da espécie aconteceu em 4 de janeiro e o último em 18 de março. Casal de freirinha em Mongaguá (SP). — Foto: Leonardo Casadei “Eu sou completamente apaixonado pela reprodução das aves. Já até lancei um livro mostrando a reprodução dos tucanos e pica-paus. Acho o momento mais fantástico da natureza, mais puro, mais terno”, comenta Casadei. “O cuidado parental dos pais, a alimentação, a limpeza, a defesa do ninho para que os filhotes não sejam predados e todos os ensinamentos até a total independência física deles. É tudo muito mágico e encantador de se acompanhar. Sem falar nos filhotinhos, que são a coisa mais fofa do mundo”, acrescenta ele. Foi durante uma passarinhada que Leonardo conseguiu visualizar o ninho com o casal da espécie dentro, o que chamou sua atenção. De acordo com o biólogo, os pais estavam trazendo penas e outros materiais para a confecção do espaço que receberia o filhote quando, de repente, uma chuva forte impediu o trabalho. As aves então esperaram o tempo melhorar para continuar. O cardápio oferecido ao filhote do ninho incluía borboletinhas, mariposas, grilos, marimbondos, moscas, libélulas, entre outros. — Foto: Leonardo Casadei “Foi incrível. O sentimento sempre é de emoção e gratidão. O encontro com ninhos é uma grande possibilidade de ver a intimidade das espécies. Observá-las de perto e acompanhar toda a rotina durante o período em que estiverem reproduzindo”, conta. O biólogo aproveita para reforçar a importância de manter a distância adequada e não perturbar de forma alguma as aves, para que não haja interferência no processo reprodutivo. A freirinha ocorre em quase todo o Brasil, menos na região sudoeste da Amazônia — Foto: Leonardo Casadei Além disso, Casadei relata que depois de deixar o ninho, o filhote permaneceu quatro dias nas redondezas, aguardando a mãe alimentá-lo. No fim do quarto dia, ele voou para longe, seguindo os passos da mãe. “Foi lindo de ver”, finaliza. A espécie A freirinha é uma ave migratória e ocorre em quase todo o Brasil, menos na região sudoeste da Amazônia. É encontrada também nos outros países da América do Sul, com exceção do Chile. Gosta de viver em brejos e bordas de lagos, sempre associada a ambientes alagadiços. Esses animais se alimentam basicamente de insetos e o cardápio oferecido ao filhote do ninho incluía borboletinhas, mariposas, grilos, marimbondos, moscas, libélulas, entre outros. A reprodução da espécie ocorre entre a primavera e o verão. — Foto: Leonardo Casadei “Uma das curiosidades ao acompanhar o ninho é que o macho não trazia alimento para o filhote, apenas ficava de olho e aparecia de vez em quando para verificar se estava tudo bem e para espantar alguma ave que tentasse se aproximar do ninho”, comenta. A reprodução ocorre entre a primavera e o verão, e a ave costuma botar até 3 ovos, embora o ninho acompanhado pelo biólogo conter apenas um filhote. De acordo com a lista vermelha da IUCN, o estado de conservação da freirinha é pouco preocupante. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente

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