O Governo de Minas cancelou o recurso de R$ 150 milhões que seria usado para a retomada das obras do Hospital Regional de Juiz de Fora. A obra, localizada em um terreno na Rua Henrique Burnier, no Bairro São Dimas, já teve diversas datas de encerramento prometidas. Segundo o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, a decisão de cancelar, neste momento, o recomeço das obras foi tomada depois que engenheiros constataram “erros muito graves em relação ao processo de construção, precisando então de um reforço estrutural muito amplo, aumentando não só o custo da obra, mas aumentando também o tempo para que ela fique pronta”. A construção foi iniciada em 2010 e paralisada em 2017. De lá para cá, são anos de interrupção no serviço. Além disso, um ofício enviado à Prefeitura cita uma dívida do executivo com o Estado por conta dos repasses feitos para a construção do hospital no valor de aproximadamente R$ 151,3 milhões , que foram indevidamente executados, e resultaram em um processo de tomada de contas especial. A reportagem procurou a Prefeitura de Juiz de Fora e aguarda um posicionamento. HU-UFJF será o novo beneficiado Além dos R$ 180 milhões que o HU-UFJF recebeu do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para conclusão das obras na unidade de saúde do Bairro Dom Bosco, parte dos R$ 150 milhões que eram para o Hospital Regional vão para o hospital universitário. Ainda de acordo com Baccheretti, foi apresentado um pleito ao governo de Minas para equipar o hospital, já que o recurso do PAC seria apenas para a finalização da construção. “Olhando os fatos, […] o governo de Minas decidiu que esse recurso será sim investido em Juiz de Fora, mas em outros locais”. Não foi informado quais outras unidades de saúde de Juiz de Fora e outras cidades da Zona da Mata receberão outras partes do recurso. O g1 procurou o HU-UFJF que informou que não vai se posicionar. Hospital Regional começou a ser construído em 2010 A obra, localizada em um terreno na Rua Henrique Burnier, no Bairro São Dimas, próximo à rodoviária, já teve diversas datas de encerramento prometidas. A construção foi iniciada em 2010 e paralisada em 2017. São seis anos de interrupção no serviço, com aproximadamente 70% dos trabalhos concluídos, segundo o Governo. O hospital foi projetado para ter mais de 200 leitos, 40 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e atender quase dois milhões de pacientes de 100 cidades da região. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes