MP denuncia por homicídio doloso dono de empresa de ambulância que matou 5 em acidente na BR-040

MP denuncia por homicídio doloso dono de empresa de ambulância que matou 5 em acidente na BR-040

A denúncia do Ministério Público, oferecida na última quarta-feira (17), difere do indiciamento da Polícia Civil, que finalizou o inquérito apontando homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Conforme a Promotoria, houve dolo por parte do proprietário da empresa. O g1 tentou contato com a Guardiões Resgate, mas não recebeu retorno. À TV Integração, a Polícia Civil já havia informado, em março, na finalização do inquérito, que a empresa foi negligente, devido às seguintes situações: o veículo estava sem licenciamento; os pneus estavam carecas; a manutenção do carro era feita em local não apropriado; o próprio dono atuava como motorista sem poder; a empresa não tinha responsável técnico; testemunhas relataram a falta de manutenção dos veículos. Segundo laudo pericial, o motivo da batida teria sido a condição da ambulância e perda de direção do veículo em tempo chuvoso. Três mortes na hora e dois óbitos no hospital O acidente aconteceu no km 736 da BR-040, em uma curva próximo à lanchonete conhecida como Perobas, em Santos Dumont, no dia 21 de dezembro. Conforme a PRF, o motorista da ambulância seguia no sentido Rio de Janeiro, quando teria perdido o controle da direção e entrado na pista contrária. O veículo bateu na carreta, com placa de Conselheiro Lafaiete, que estava descarregada. Chovia no momento do acidente. Daniela Moraes Miranda Reis, Alessandra Chagas Motta e Leonardo Luiz Neves da Silva, socorristas mortos em acidente na BR-040 — Foto: Reprodução/Redes Sociais A ambulância fazia o transporte de Maiara de Freitas Cunha, grávida de 32 semanas, que voltava de uma consulta em Belo Horizonte. Ela e o marido, Marcelo Conceição do Santos, chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital de Santos Dumont, mas não resistiram aos ferimentos. Leonardo Luiz Neves da Silva, motorista do veículo, a enfermeira Alessandra Chagas Motta e a médica Daniela Moraes Miranda Reis, morreram na hora. “A ambulância não tinha uma manutenção, o veículo não parava para fazer manutenção. Se tivesse duas, três viagens seguidas, ela [ambulância] fazia. Talvez nos últimos três meses, ela não tenha passado por nenhuma manutenção, fazia o que a gente fala que é gambiarra. Tirava a peça de uma para colocar na outra. A porta lateral dela não estava abrindo, só a porta traseira, e ela estava com barulho muito forte na parte dianteira direita, na roda dianteira direita. Se você passasse de 60 a 70 km/h parecia que o carro ia desintegrar”, denunciou o ex-funcionário à época. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

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