Lar Mundo Mortal Kombat chega ao 12º jogo querendo mostrar mais do que (muito) sangue

Mortal Kombat chega ao 12º jogo querendo mostrar mais do que (muito) sangue

por Revista Oeste - Internacional
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O jogo Mortal Kombat 1 chegou às prateleiras digitais e físicas na terça-feira 19. A série completou trinta anos em 2022.

O número “1” no título do jogo destaca que se trata de um reboot. Como acontece nos filmes, esse termo é utilizado nos games para qualquer “reinício” da história canônica (oficial) de uma série de jogos.

Franquia de bilhões

Mortal Kombat (MK) é uma das franquias mais importantes na história dos videogames. Com o seu 12º título principal, ultrapassa as 79 milhões de cópias vendidas, aproximadamente US$ 5 bilhões em receita.

Desde o primeiro Mortal Kombat, de 1992, vários elementos de MK contribuíram para consagrar a série. O realismo gráfico, com o uso inovador de atores reais para captar os movimentos de luta, é um deles.

‘Fatality’

Outro — e talvez o melhor — exemplo é o fatality (fatalidade). É um tipo de finalização extremamente cruel de um inimigo atordoado, já sem condição nenhuma de lutar.

O nome pode soar até irônico já que, de “fatalidade”, a morte horrenda do adversário não tem nada. Ao contrário, é bem proposital: exige que o jogador saiba e aperte um comando secreto de botões no controle.

Mas, apesar da violência extrema em seus fatalities, MK não busca o realismo (além do gráfico, visual). As cenas sangrentas carregam no absurdo, no exagero e podem até beirar o ridículo.

Homenagem a Van Damme

Por exemplo, um dos fatalities de Johnny Cage, integrante do elenco original. A conta oficial do jogo no Twitter/X exibiu o fatality, para lá de exagerado — aproveitando para apresentar também a nova skin (aparência, visual, “casca”) do personagem clássico.

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Nessa opção de skin, Cage está “a cara” do ator belga Jean-Claude Van Damme. Os criadores do lutador fictício haviam se baseado justamente no astro dos filmes de luta dos anos 1980, no primeiro Mortal Kombat.

Fenômeno é fruto da cultura ‘pop’

A propósito, foi a violência nos filmes de ação e de artes marciais dos anos 1970 e 1980 que inspirou as inovações no primeiro título. “Vamos colocar mais sangue na tela e ver o que acontece”, recorda o cocriador Ed Boon em uma coletiva de imprensa a respeito do jogo lançado ontem.

Em 1992, o jogo original logo virou febre nos fliperamas pelo mundo. Mas sua violência e sangue não chegaram a suscitar polêmica.

Isso só aconteceu quando Mortal Kombat foi parar nos cartuchos de videogames domésticos, como Super Nintendo e Mega Drive. À época, tais consoles eram considerados mais como brinquedos.

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O Congresso norte-americano chegou a cogitar regulação estatal sobre os games. A indústria de jogos eletrônicos acabou se autorregulando, inclusive com a criação de classificação etária para seus produtos.

Embora tenha gerado controvérsias no passado, MK amadureceu como franquia e oferece mais do que violência gratuita. O novíssimo Mortal Kombat 1 apresenta, por exemplo, um modo história (“Kampanha”), mais aprofundado, e uma trama envolvente.

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