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Imigrantes brasileiros enfrentam dificuldades para se sustentar em Portugal

por admin
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Em um país de pouco mais de 10 milhões de habitantes, quase 10% dos moradores são de fora. Pelo sétimo ano seguido, os portugueses viram o número de imigrantes aumentar. E, de novo, os brasileiros tiveram uma grande participação nesse crescimento. Imigrantes brasileiros enfrentam dificuldades para se sustentar em Portugal — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução Em Portugal, a chegada de imigrantes cresceu 25% em um ano. Os brasileiros representam quase metade do total, e muitos têm enfrentado dificuldades para se sustentar. Em um país de pouco mais de 10 milhões de habitantes, quase 10% dos moradores são de fora. Pelo sétimo ano seguido, os portugueses viram o número de imigrantes aumentar: passou de 780 mil para 980 mil. E, de novo, os brasileiros tiveram uma grande participação nesse crescimento. São quase 400 mil vivendo legalmente em Portugal. Os dados oficiais não incluem os cidadãos com dupla nacionalidade europeia nem os que estão em situação irregular. De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteira, mais de 150 mil cidadãos do Brasil receberam autorização de residência em 2023 – 36% a mais do que em 2022. O SEF explicou que o aumento foi motivado por uma mudança que digitalizou e acelerou o processo de pedidos. “As pessoas buscam coisas muito simples: segurança, qualidade de vida, perspectiva de vida para os filhos. E quando olham a Europa, falam: ‘Bom, para onde eu vou? Portugal’. Falamos a mesma língua, tem sol. Então, a adaptação é muito mais fácil do que qualquer outro país da Europa”, afirma Patrícia Lemos, especialista em imigração. Só que o sonho de mudar de vida pode se transformar em um pesadelo. Nos últimos três anos, o custo de vida em Portugal disparou e o salário mínimo é um dos mais baixos da Europa. De acordo com um índice internacional de habitação, Lisboa é a cidade mais cara para se alugar um imóvel. Há casos de brasileiros que estão dormindo em barracas porque não conseguem pagar por um lugar para morar. “O salário mínimo aqui é 760 euros, se eu não me engano. Aí eu pagava 400 euros no quarto. Então, imagina você receber 760 euros e pagar 400 euros? Mas a gente se vira. Eu tomo banho na praia quando está sol ou tomo banho nas minhas clientes que eu faço as limpezas”, conta a carpinteira Andreia Costa. “É um quarto que eu faço de closet ali, boto minhas coisinhas ali. Aqui são as minhas roupas, que eu botei aqui meus cabideiros. E aqui é meu quarto onde eu durmo. Eu vim para aqui por causa das necessidades. Por causa que lá onde eu estava pagando absolutamente em um quarto compartilhado e não estava havendo vantagem, porque meu dinheiro estava só saindo”, diz a empregada doméstica Márcia Álvaro. A prefeitura e a Segurança Social de Portugal afirmaram que estão acompanhando a situação na área, mas não informaram se foi oferecido algum tipo de ajuda para os imigrantes. “Não basta sonhar e mudar, né? Você precisa planejar a sua mudança e vir de forma estruturada. Cada vez mais planejamento é fundamental para quem vai mudar para que o número de brasileiros não engrosse essa fila de pessoas que vão pedir, de fato, ajuda para voltar. Porque ficam em uma condição que não tem nem dinheiro para passagem”, afirma Patrícia Lemos. Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!

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