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Jovem com alergia a ‘quase tudo’ compartilha rotina nas redes sociais

por Revista Oeste - Internacional
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Quem convive com alergia a algum tipo de alimento necessita de atenção para evitar esse tipo de produto e ter uma rotina diferente, que requer adaptações, escolhas e orientação médica. Contudo, no caso da jovem norte-americana Mia Silverman, de 20 anos, esses cuidados são bem mais severos.

Com uma condição rara, a estudante universitária tem alergia grave a mais de 50 alimentos.

Um gole de café ou um pequeno pedaço de chocolate ou algum outro tipo de produto já é suficiente para provocar nela reações anafiláticas que podem ser fatais.

A longa lista de itens que Mia tem alergia inclui leite, ovos, manteiga, creme, aromatizantes, sementes de gergelim, avelã, todas as sementes e seus óleos (exceto sementes de girassol), amendoim e muitos outros.

“Desde o útero, tive dificuldade para digerir coisas como laticínios. Mas quando eu tinha 2 anos, meu pai trouxe para casa biscoitos com nozes”, contou ela à rede Caters News.

“Minha garganta fechou imediatamente, todo o meu corpo estava cheio de erupções cutâneas e eu fiquei vomitando.”

A jovem de Boston, em Massachusetts, ficou famosa por compartilhar sua rotina com muito bom humor.

Mesmo assim, Mia revela em suas publicações que muitas vezes se sente uma “pária”, já que suas alergias a impedem de sair para comer e socializar por que pode desenvolver uma nova alergia a qualquer momento.

“Realmente tive dificuldades na escola e minha saúde mental foi prejudicada. Enfrentei muito bullying até o ensino médio”, relatou.

“Estou melhor agora, mas quando eu era criança era muito difícil, sempre tinha medo de que qualquer coisa que eu comesse pudesse me matar.”

Devido à severa condição alérgica, a jovem acabou tendo outros problemas. Quando ia a uma festa, por exemplo, tinha que levar a própria comida.

Mia Silverman
Mia passou por dificuldades de socialização por causa de suas alergias | Foto: Reprodução/Instagram @theallergicgirl_

Ela lembra que cresceu se sentindo uma estranha e o afastamento de outras pessoas, como colegas de escola a fez desenvolver ansiedade e depressão.

Mia já tentou vários tratamentos com base em medicamentos. Os médicos suspeitam que ela tenha uma doença autoimune ainda não diagnosticada.

“As injeções que me deram não fizeram nada para me livrar das alergias, apenas ganhei novas. Cada vez que preciso levar uma injeção com a EpiPen é muito doloroso e traumatizante”, desabafou.

A EpiPen é uma caneta de adrenalina autoaplicável que contém adrenalina, indicada no tratamento de emergência de reações alérgicas.

Compartilhando a rotina com alergias

Mesmo com a restrição severa de alimentação devido às alergias, Mia procura fazer de tudo para levar uma vida normal.

Ela conta com um aplicativo chamado Fig, que mostra quais alimentos seguros para a jovem consumir.

Hoje, a jovem acha positivo que se tornou conhecida nas redes sociais por fazer vídeos de conscientização sobre alergias.

“Estou grata por encontrar o lado positivo em algo que tem sido negativo durante grande parte da minha vida”, disse Mia.

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