A vereadora de São Sebastião e assessora da deputada federal Erika Hilton (PSOL), Pauleteh Araújo, de 28 anos, foi vítima de importunação sexual dentro de um ônibus na Rodovia Manoel Hipólito Rêgo em Bertioga, no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1, neste sábado (28), mostram um homem, de 41, se masturbando dentro do transporte e oferecendo R$ 100 para que a vítima tocasse nele (veja acima). Pauleteh contou que retornava de uma consulta médica em Bertioga para São Sebastião na tarde da última sexta-feira (27), e desde que entrou no ônibus, percebeu o comportamento estranho do homem. “Ele perguntou se iria sentar do lado dele. Por ser pessoa pública, imaginei que ele me conhecesse de algum lugar, cumprimentei e não dei muita importância”. No entanto, ele saiu do local onde estava e sentou ao lado da parlamentar. “Falei para ele se afastar, voltar para o lugar dele. O ônibus estava vazio, não tinha motivo para vir ao meu lado. Ele ficou tentando passar a mão em mim o tempo todo”. Ela contou que chegou a ameaçar agredi-lo caso ele não se afastasse. “Ele foi para o banco em que estava sentado, começou a mexer no órgão genital, a se masturbar. Me chamou para ir tocar nele, tirou R$ 100 da carteira, ficou me oferecendo, falando que nunca foi fácil”. Pauleteh Araújo, vereadora de São Sebastião e assessora da deputada federal Erika Hilton, foi vítima de importunação sexual — Foto: Arquivo Pessoal e Reprodução A parlamentar disse que ficou revoltada com a situação. “Queria muito quebrar ele na porrada”. Assim que o homem foi ao banheiro, ela perguntou para uma mulher que estava com duas crianças se ela também havia sofrido assédio e a resposta foi positiva. Pauleteh resolveu pedir ajuda ao motorista que, segundo ela, solidarizou-se com a situação e parou o ônibus próximo a um posto da Polícia Militar Rodoviária. “Logo em seguida, fomos encaminhados à delegacia e o rapaz preso em flagrante”. Ela lamentou que já tenha passado por uma situação semelhante em outro momento, mas não nesse nível de gravidade e tão explícito. “O rapaz colocou o órgão para fora dentro do ônibus, com um monte de gente”. Segundo ela, o homem não se inibiu mesmo após ela falar alto para ele se afastar e após ter contato a situação ao motorista. “Realmente só parou quando a gente parou no posto policial”. Além de sentir ódio, Pauleteh disse que a sensação é de impotência. “Fiquei desesperada com aquela situação mas, ao mesmo tempo, sei da responsabilidade que tenho como pessoa pública, mulher, travesti, de não permitir que esse tipo de abuso aconteça”. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias