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Mais de cem sequestrados por terroristas do Hamas já deixaram a Faixa de Gaza

por Do R7
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Os dias de sofrimento nos cativeiros de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, na Faixa de Gaza, chegaram ao fim para mais de cem pessoas que haviam sido levadas nos atentados em solo israelense em 7 de outubro. Entretanto, ainda há cerca de 150 sequestrados nas mãos dos extremistas.

Assim como o número exato de reféns, é desconhecido o estado de saúde daqueles que estão em Gaza. Nesses 55 dias, os terroristas não permitiram que voluntários da Cruz Vermelha tivessem acesso aos reféns para se certificarem de que estão recebendo os devidos cuidados.

Alguns sequestrados morreram no cativeiro — três corpos devem ter sido entregues a Israel nesta quinta-feira (30). No último dia 17, os terroristas divulgaram a foto de um idoso que faleceu.

Os extremistas também informaram que um bebê de 10 meses, o irmão dele, de 4 anos, e a mãe estão mortos, algo que ainda é investigado pelo Exército israelense. Uma idosa — Hanna Katzir, de 77 anos — que havia sido declarada morta pela Jihad Islâmica estava viva e foi libertada na sexta-feira passada. 

As primeiras libertadas foram duas cidadãs americanas, mãe e filha. Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan foram soltas no dia 20 de outubro, menos de três semanas após terem sido capturadas, no kibutz Nahal Oz.

Três dias depois, alegando razões humanitárias, o Hamas devolveu duas israelenses: Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz — duas idosas, de 79 e 85 anos, respectivamente.

Outros 107 reféns foram libertados desde a última sexta-feira (24), quando entrou em vigor o acordo de trégua entre Israel e a organização terrorista que controla Gaza.

Desse total, 78 são israelenses, também há cinco israelenses com cidadania russa, além de 23 tailandeses e um filipino. O governo da Tailândia conduziu negociações paralelas com o Hamas para a soltura de seus cidadãos, que eram, sem sua maioria, trabalhadores rurais em Israel.

Muitos dos reféns retornam para uma triste realidade, como a pequena Avigail Edan, de 4 anos. Os pais dela foram assassinados pelos terroristas, no Kfar Aza, e ela, levada para Gaza. A menina foi libertada e entregue à avó e aos tios, na segunda-feira (27). 

Ao retornarem, as crianças relataram momentos de tortura psicológica no cativeiro, dizendo que foram forçadas a assistir a vídeos do massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro. 

Continuidade do acordo de trégua é incerta

Autoridades de Israel, dos Estados Unidos, do Catar e do Egito conversaram nesta semana para tentar aumentar o período de trégua e permitir assim uma nova fase do acordo, com a libertação de homens e militares que continuam em cativeiro. Todavia, ainda não há nenhuma sinalização de que isso deva ocorrer.

Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, o governo acredita que o acordo que envolve a soltura de mulheres e crianças está se esgotando e é possível que os combates sejam retomados neste sábado (2). 

Na quarta-feira (29), a tônica no discurso de integrantes do governo foi frisar em suas falas de que a atual trégua não deve ser vista como o fim da guerra.

“Nos últimos dias, ouvi uma pergunta: após esgotada essa fase de devolução de nossos sequestrados, Israel voltará a lutar? A minha resposta é um inequívoco sim”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que destacou que a guerra tem apoio do governo, dos militares e do povo.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, acrescentou que “as forças aéreas, terrestres e navais do Exército estão prontas para retomar os combates imediatamente”, assim que a trégua for suspensa.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está em Israel, onde se reuniu na quarta-feira com Netanyahu e com o presidente, Isaac Herzog. Entre os temas discutidos, está a ampliação da trégua.

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