Parte dos registros são compartilhados pela brasileira nas redes sociais. Análise técnica para chegar ao melhor local Para visualizar o fenômeno, Sabrina, que é fotógrafa documental há 10 anos e realiza expedições para a Islândia desde 2017, explica como consegue chegar aos pontos ideais para visualização do fenômeno. Brasileiros em expedição para ver a aurora boreal na Islândia — Foto: Sabrina Chinellato “É lógico que é um fenômeno natural, mas depende de uma análise técnica para conseguir visualizar. Muitas pessoas conseguem visualizar com sorte, mas nós não trabalhamos com a sorte. A gente realmente tem um trabalho de busca pela aurora boreal, justamente para poder realizar um sonho nosso de continuar visualizando esse fenômeno e também compartilhar isso com outros brasileiros que querem viver isso conosco”, explica. Aurora boreal avistada por grupo de brasileiros na Islândia Embora com a expansão de celulares e câmaras fotográficas de alta resolução, ela explica que nem sempre o fenômeno consegue ser fielmente retratado pelas lentes. Muitas vezes observar o fenômeno a olho nu é ainda mais bonito. Sabrina Chinellato, fotógrafa documental de Juiz de Fora, já passou por mais de 60 países — Foto: Sabrina Chinellato “Aqui a gente consegue visualizar o olho nu e até mais bonito que na foto, porque quando a atividade está alta, a velocidade do vento é alta, por exemplo, a gente consegue ver a aurora boreal dançando e movimentando no céu. Aquelas luzes movimentando em cima da gente é a coisa mais incrível, é indescritível mesmo esse fenômeno”, diz emocionada. “Cada noite é uma experiência diferente”. Outras aventuras pela Islândia Além da aurora boreal, juiz-forana, que considera a Islândia a sua segunda casa, também apresenta ao grupo outros atrativos do mágico país do Norte europeu. “A gente passa por crateras de vulcão, campos de lava, geleiras, cavernas de gelo, lagoas termais, campos que têm atividade vulcânica, geyser. É uma ilha que não é tão grande territorialmente, mas tem muitos contrastes e muitas paisagens muito diferentes para a gente e para o resto da terra.” Aurora boreal na Islândia — Foto: Sabrina Chinellato “Desde o dia 25 de outubro, eles estão monitorando tremores de terras e terremotos que estão acontecendo na península de Reykjanes, que é a mesma península onde está localizado o aeroporto do país, onde está localizada a Blue Lagoon, que é uma atração bem famosa aqui e uma pequena vila. Muitas pessoas que estavam naquela região conseguiram sentir. Eu não senti porque a gente estava no norte do país, bem longe da onde estavam acontecendo os tremores. Mas aqui o país é muito preparado para possíveis erupções, é a realidade deles”. Vídeos nas redes sociais mostram série de tremores na Islândia Segunda casa Apaixonada por viagem, Sabrina iniciou uma volta ao mundo ao lado do também fotógrafo Henrique Fonseca, em 2016. Durante três anos e meio, eles conheceram mais de 60 países em uma viagem feita de carro. As fotografias e relatos transformara-se no livro Terra Adentro, entre os extremos das Américas. De todos os lugares que passou, a juiz-forana elege a Islândia como seu preferido, pela riqueza natural e os grandes contrastes. Aurora boreal na Islândia — Foto: Sabrina Chinellato “Depois de conhecer tantos países, tantas paisagens, a Islândia foi um país que me chamou muita atenção pelas diferenças de paisagem, pelos contrastes e também pela aurora boreal. Quando eu vim aqui a primeira vez, em 2017, me apaixonei. Tenho uma conexão muito forte com a natureza e não podia acreditar no que eu estava vendo”, explica. Ainda segundo ela, a paixão pela aurora boreal foi o amor à primeira vista e também um vício. “Uma vez que você vê, você quer ter aquela sensação de novo, que é uma sensação de maravilha, de surpresa, de êxtase. E isso é um pouco viciante. Desde então, eu decidi que eu iria querer fazer isso para a minha vida e sempre trazer pessoas pra poderem viver essa emoção comigo”. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes