O caso de um menino de 11 anos que teria sido induzido pela madrasta a comer uma lagartixa ganhou repercussão depois que a criança foi internada em estado grave, com infecção no estômago. O caso aconteceu em Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal, e, mesmo um mês depois, o menino continua com reações e voltou, na última semana, a ser atendido por médicos, com febre e mal-estar. Exames médicos obtidos pelo R7 mostram um possível quadro de infecção persistente, identificado pela alta concentração de proteína C-reativa, conhecida como PCR, e produzida pelo fígado quando o organismo passa por alguma infecção ou inflamação. A médica infectologista Joana D’Arc Gonçalves explica que os répteis, como lagartixas, podem ser portadores de diversos agentes causadores de doenças. “Geralmente, esses animais possuem uma dieta variada, alimentando-se de artrópodes, insetos, moluscos, anfíbios, entre outros. Por isso, riscos de infecções associadas a vírus, príons, bactérias, fungos, parasitas, biotoxinas e contaminantes podem causar danos à saúde”, afirma. • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto A especialista ressalta que os riscos biológicos associados ao consumo de produtos provenientes de carne e ovos de répteis de criação e selvagens incluem infecções causadas por bactérias como salmonela, outros parasitas e biotoxinas. “São inúmeros os germes e as possibilidades de danos. Somente por meio de exames laboratoriais podemos nos aproximar no diagnóstico”, explica. Acompanhamento médico A mãe do menino conseguiu, nesta semana, um pediatra e um nutricionista para acompanhar o quadro do filho. Uma das suspeitas avaliadas pelos profissionais que já atenderam a criança é de contaminação por Platynosomum, um gênero de parasita comum em lagartixas, que pode causar perda de peso, vômito e diarreia em humanos.