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São Paulo tem 1º dia com ‘tarifa zero’ nos ônibus municipais

por Revista Oeste - Politica
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A cidade de São Paulo realiza neste domingo, 17, o 1º dia com “tarifa zero” nos ônibus do transporte municipal. O projeto “Domingão Tarifa Zero” foi idealizado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará se reeleger nas eleições municipais do próximo ano. + Leia mais notícias sobre Política em Oeste Com o slogan “Explore, descubra, viva São Paulo”, o projeto de “tarifa zero” ocorrerá somente aos domingos, da meia-noite às 23h59 em todas as linhas da cidade. O objetivo da medida é, de acordo com a prefeitura, incentivar o uso do transporte público e ampliar o acesso da população ao lazer. A “gratuidade” também será aplicada em feriados, como Natal, Ano Novo e no aniversário da cidade de São Paulo, que é comemorado em 25 de janeiro. Em dias úteis, a cobrança ocorrerá normalmente. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 4,40 — na última semana, Nunes afirmou que manterá o preço em 2024. “Só de espaços culturais da prefeitura que abrem aos domingos, são 78, de espaços esportivos, 45, além de 112 parques”, explicou Nunes. “Fora os equipamentos do Estado, particulares, shoppings. O cidadão vai poder visitar a Avenida Paulista aberta aos domingos, a Liberdade, poderá ir à missa, ao teatro, ao centro histórico e uma série de atividades.” Leia mais: “Deputado aciona Tribunal de Contas contra gasto de R$ 13 milhões da Prefeitura de São Paulo com árvores de Natal” De acordo com o prefeito, não haverá aumento de recursos públicos para custear a iniciativa. Aos domingos, 2,2 milhões de passageiros utilizam 1.175 linhas de ônibus municipais, atendidas por 4,8 mil veículos. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), atualmente há 60% de capacidade ociosa em alguns horários aos domingos. Prefeito anda de ônibus para lançar programa Na madrugada deste domingo, Nunes foi até o Terminal Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, para lançar o programa de “tarifa zero” aos domingos. O prefeito pegou um ônibus com destino ao Shopping Ibirapuera, também na zona sul da cidade, para comemorar o primeiro dia da “gratuidade” no transporte público municipal. Na ocasião, Nunes também ouviu alguns passageiros. Eles falaram sobre a “gratuidade” e aproveitaram para tecer críticas à gestão municipal e ao prefeito. Governador anuncia aumento na tarifa do Metrô e CPTM O programa da capital paulista foi lançado junto ao anúncio de aumento da tarifa da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que passará de R$ 4,40 para R$ 5 a partir de 1º de janeiro. O reajuste foi divulgado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). As companhias de trens e metrôs, administradas pelo Estado, não aderiram ao programa de Nunes. O governador explicou que a implementação da “tarifa zero” no Metrô e CPTM prejudicaria outras políticas públicas para bancar o sistema de transporte. Leia mais: “‘Ato político não é greve’ diz prefeito de São Paulo” “Sou contra”, afirmou Tarcísio. “Absolutamente contra. Não consigo ver viabilidade em você colocar o sistema que tem 8 milhões e 300 mil passageiros com ‘tarifa zero’. Que tem estrutura de custos completamente diferentes. Alguém já apresentou de fato a conta de quanto vai ser o subsídio? É hoje esse valor. Com a catraca livre vai ser mais. Quanto você vai subtrair de outras políticas públicas para vir com a tarifa zero?” Subsídio recorde A Prefeitura de São Paulo pagou, de janeiro a novembro deste ano, R$ 5,3 bilhões em subsídios às empresas responsáveis por operar os ônibus do transporte público municipal. O valor é o maior da história e, segundo Nunes, é resultado do congelamento da tarifa em R$ 4,40 desde janeiro de 2020. O objetivo do congelamento da tarifa, de acordo com o prefeito, é tentar atrair novos usuários e resgatar o número de passageiros transportados antes da pandemia da covid-19.

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