Israel disse que estava devolvendo os corpos depois de confirmar que não se tratavam de reféns israelenses feitos pelo Hamas em 7 de outubro. O ministério disse que os corpos foram enterrados e que as autoridades registraram detalhes para ajudar na identificação posterior. As autoridades de Gaza tentavam descobrir quando e onde os homens foram mortos e quem eles eram. O governo de Israel afirma que o objetivo da sua ofensiva em Gaza é destruir o Hamas, apesar dos apelos globais por um cessar-fogo na guerra que já dura 11 semanas. Militantes do Hamas mataram 1.200 pessoas e capturaram 240 reféns em 7 de outubro, no dia mais violento da história do Estado de Israel. Um porta-voz militar israelense disse que os corpos foram transportados para Israel durante a guerra “para um procedimento de identificação como parte do nosso esforço para localizar os reféns e as pessoas desaparecidas”. “As dificuldades na identificação dos mortos tornam necessária a transferência desses corpos para Israel para identificação forense”, e que estava em linha com “análises de rotina que cumprem os padrões forenses internacionalmente aceitos”, a fim de descartar a sua identificação como reféns israelenses, disse o porta-voz. O Ministério da Saúde disse que os corpos foram entregues por Israel através da passagem de fronteira de Kerem Shalom. De acordo com o Waqf Islâmico, ou ministério dos Assuntos Religiosos, os corpos foram recolhidos na parte norte da Faixa de Gaza. É raro que um número tão grande de corpos seja devolvido. Eles foram enterrados na terça-feira em uma vala longa no cemitério de Rafah, no sul do enclave. “Estão sendo tiradas fotos para identificá-los mais tarde”, disse um representante do Waqf Islâmico de Gaza. As autoridades de saúde da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, dizem que cerca de 21 mil pessoas foram mortas em ataques israelenses, e outras milhares podem estar soterradas sob os escombros. Quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave foram expulsos de suas casas, muitas vezes. Israel diz que está fazendo o que pode para proteger os civis e culpa o Hamas por os colocar em perigo ao operar entre eles, algo que o Hamas nega.