Lar Esportes Visto como ‘Temer do Guanabara’, vice de Cláudio Castro nega traição: ‘sou 100% fiel’

Visto como ‘Temer do Guanabara’, vice de Cláudio Castro nega traição: ‘sou 100% fiel’

por admin
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Pelo título deste artigo, o leitor já deve estar imaginando o que se passa na cabeça do governador do Rio e de seus principais auxiliares: existe um Temer na antessala do gabinete do Palácio Guanabara. Um vice que está tramando (ou torcendo) pela queda do governador. Com o colunista d’O Globo Lauro Jardim mostrou, são muitos os motivos de desconfiança. Thiago Pampolha, o vice, nega: “Jamais vou torcer pelo mal de Claudio. Meu sonho é terminar o mandato, ele como governador, eu como vice. Estão envenenando a cabeça do Claudio”. De todas as teorias sobre traição, a mais fácil de derrubar é atuação de Pampolha durante as enchentes. O governador estava viajando e Pampolha assumiu o comando da operação de socorro às vítimas. Dando muitas entrevistas, inclusive. Ele tem três argumentos para se defender: era o governador em exercício, secretário de Meio Ambiente e coordenador do Comitê de Enchentes. Se ele se escondesse no temporal é que seria estranho. O erro (opinião do blog) foi de Cláudio, que chamou atenção para sua ausência. Escreveu uma mensagem nas redes sociais que começava assim: “Mesmo de férias…”. Foi o gatilho para uma chuva de memes. O que mais viralizou foi uma fotomontagem dele ao lado do Mickey. Logo depois surgiu um vídeo do governador se divertindo numa montanha russa. O outro motivo que levanta suspeita de auxiliares de Castro é a movimentação partidária do vice. Pampolha acertou com o governador do Pará, Helder Barbalho, sua ida ao MDB. A crise começou quando Pampolha foi levar a notícia a Castro. No Palácio Guanabara, juram de pés juntos que a cronologia foi assim: no dia 20 de dezembro, a Polícia Federal, cumpriu mandados de buscas contra o irmão de criação do governador, suspeito de ser operador de Castro em esquemas de corrupção. No dia seguinte à operação, segundo o calendário da versão do Palácio Guanabara, o vice diz que precisa se encontrar com Cláudio. E segue para o Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador. Lá, hipoteca solidariedade e avisa sobre a mudança partidária. Luz amarela. Uma movimentação partidária neste momento pode passar a imagem de fraqueza do governador diante das acusações de corrupção. O vice estaria arrumando a casa para a eventual saída de Castro determinada pela Justiça. A história contada por Pampolha é outra: ele foi ao Palácio semanas depois e anunciou a movimentação partidária para Castro não ser o último a saber. “Já tinha comunicado a lideranças regionais do MDB do Rio. O Castro tinha que saber por mim”, justifica. Mas a grande pergunta que se faz no Palácio é: quem está por trás de Pampolha? A saída do União Brasil é o mesmo movimento feito há meses por Eduardo Cunha e seu prefeito mais leal: Waguinho de Belford Roxo, o amigo de Lula. Então, Cunha estaria por trás de tudo. Pampolha nega. Outra teoria: como a entrada no MDB foi combinada com o governador do Pará, Helder Barbalho, a trama tem dedo do governo federal, já que Helder é um dos governadores mais próximos a Lula. Pampolha nega. Aliás, em conversa com o blog, Helder Barbalho foi enfático: “Não houve assédio. Pampolha quis vir para o MDB porque não havia mais clima no seu partido”. Pampolha confirma. Diz que o União Brasil o tratava como político de segunda classe. Que todo os acordos da direção do União eram feitos com o presidente da Assembleia, Rodrigo Bacellar, atropelando a figura do vice-governador. Bacellar é a figura que mais luzes merecem na política fluminense: em pouco tempo conseguiu um poder que Sergio Cabral e Jorge Piccianni levaram décadas para construir. Hoje, manda muito. Inclusive no governo Castro. Resumo da ópera: Castro não vive um bom momento. No campo jurídico, tem que enfrentar as acusações de corrupção no programa social Novo Olhar. No campo político, está preocupado com olho gordo no seu cargo.

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