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Partido de direita AfD pede referendo para que Alemanha saia da União Europeia

por Revista Oeste - Internacional
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Essa é a primeira vez que o pedido de saída da Alemanha da União Europeia é realizado abertamente por uma liderança da AfD

Carlo Cauti

A líder do partido de direita
A líder do partido de direita “Alternativa para a Alemanha” (AfD, na sigla em alemão), Alice Weidel

A líder do partido de direita “Alternativa para a Alemanha” (AfD, na sigla em alemão), Alice Weidel, pediu nesta segunda-feira, 22, a organização de um referendo para decidir se Alemanha deverá permanecer na União Europeia.

Essa é a primeira vez que o pedido de saída da Alemanha da União Europeia (UE) é realizado abertamente por uma liderança da AfD.

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Em uma entrevista ao jornal britânico “Financial Times” do seu gabinete com vista para o Bundestag, Weidel afirmou que a decisão britânica de deixar o bloco europeu foi “absolutamente correta”. 

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A líder da AfD se disse convencida de que o Brexit representa “um modelo para a Alemanha”, e que prova como “uma decisão soberana pode ser tomada”. 

Weidel explicou como, em primeiro lugar, após as eleições a AfD tentará “reformar a UE” e eliminar o “déficit democrático” limitando os poderes da Comissão Europeia, que considera como “um executivo não eleito”. 

Contudo, se isso for impossível, será necessário um referendo para decidir se a Alemanha permanecerá ou não na União Europeia (UE).

De acordo com uma pesquisa de opinião realizada pelo Konrad Adenauer Stiftung,uma fundação ligada ao partido de centro-direita União Cristão-Democrata (CDU), apenas 10% dos alemães pensam em sair da União Europeia.

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E mesmo dentro da AfD, deixar a UE é uma opinião minoritária: apenas 45% dos seus eleitores votariam sim num hipotético referendo.

A AfD pretende se tornar o segundo maior partido político da Alemanha nas próximas eleições europeias, superando o Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler Olaf Scholz, assim como o Partido Verde

Caso consiga obter esse resultado histórico, a AfD levaria pela primeira vez dentro do debate público alemão uma forte voz de dissidência ao europeísmo dos alemães. 

Além das eleições europeias, previstas para o primeiro semestre do ano, em setembro estão agendadas outras três eleições em estados da antiga Alemanha Oriental (Brandemburgo, Saxónia, Turíngia) onde a AfD deveria se tornar o primeiro partido.

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